Foto: Secom
Uma mulher gravou um vídeo de teor homofóbico em que atribui a tragédia no Rio Grande do Sul ao fato de o governador Eduardo Leite (PSDB) ser gay. Leite é casado com o médico Thalis Bolzan. Ele declarou publicamente ser homossexual, pela primeira vez, em uma entrevista à TV Globo em 2021, quando era pré-candidato a presidente.
Alegando que fala para as igrejas e para os “patriotas”, classificados por ela como “povo que olha Deus acima de todos e o Brasil acima de tudo”, a mulher pede que os eleitores de Leite peçam desculpas por terem votado nele para que se possa “aplacar a ira de Deus”. Veja o vídeo:
HOMOFOBIA ???? Mulher atribui tragédia no Rio Grande do Sul a sexualidade de Eduardo Leite: "Ativou a ira de Deus"
Saiba mais ?? https://t.co/jbObuLGrVP pic.twitter.com/Rm497V5hS9— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) May 17, 2024
“Eu me envergonho por ser gaúcha de ter hoje como governador do Eduardo Leite, cuja primeira-dama é outro homem, e eu quero alertar a igreja do Senhor na Terra, dizendo que esse pecado de ter colocado um homem, cuja primeira-dama é um homem, no poder, isso ativou a ira de Deus contra o povo gaúcho. Isso fez com que a ira do Senhor alcançasse o seu povo, e hoje nós temos a destruição de um estado”, afirma a mulher.
A Aliança Nacional LGBTI+ emitiu comunicado repudiando o vídeo e manifestou apoio ao governador. Na nota, a Aliança pede que as autoridades competentes investiguem e tomem as devidas providências legais contra esse tipo de discurso que incita o ódio e a discriminação. “É essencial que sejam cumpridas as decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), que já reconheceu a LGBTIfobia como crime equivalente ao racismo, para combater a propagação de discursos LGBTIfóbicos”, defende a aliança, que tem representantes em todas as 27 unidades federativas.
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