FIFA vai obrigar filiadas a incluir penas contra racismo e cria gesto para denúncia

Galáticos Online //Foto: Reprodução / Instagram

A Fifa decidiu tomar medidas mais severas contra o racismo no futebol. Agora, as 211 associações afiliadas serão obrigadas a incluir punições específicas para o racismo em seus códigos disciplinares. Se ocorrer racismo durante um jogo, este pode ser encerrado e a equipe associada ao ato criminoso será considerada derrotada.

Além disso, a Fifa anunciou a criação de um gesto específico que os jogadores e árbitros devem fazer para indicar insultos racistas durante a partida. Esse gesto, similar ao usado para indicar o uso do VAR, sinalizará o início de um protocolo de três passos, agora obrigatório para todas as associações nacionais de futebol.

O protocolo de três passos funciona da seguinte maneira:O árbitro deve parar e pedir um anúncio (ao sistema de som e/ou telão) exigindo o fim do comportamento racista;

Caso os atos continuem, o árbitro pode suspender a partida temporariamente, com a saída dos times de campo e um novo anúncio de advertência

Finalmente, se o comportamento ainda persistir, o árbitro pode determinar o fim da partida, com derrota do time associado aos atos racistas

A Fifa também planeja pressionar os países para reconhecerem o racismo como crime, com punições mais severas. Um Painel Antirracista, composto por jogadores e ex-jogadores, será formado para aconselhar e acompanhar a implementação dessas medidas. Além disso, a Fifa criará um programa educacional para combater o racismo desde a infância.

O plano foi apresentado pelo presidente da Fifa, Gianni Infantino, e recebeu aprovação unânime do Conselho da entidade. Agora, será votado no Congresso, composto pelas 211 associações filiadas.

A decisão da Fifa foi elogiada pelo presidente da Confederação Brasileira de Futebol, que destacou a importância de combater o racismo no esporte. O jogador Vini Jr., do Real Madrid e da seleção brasileira, foi consultado pela Fifa durante o processo de elaboração do plano, tornando-se um símbolo na luta antirracista.