Foto: Reprodução / Instagram
O vídeo da pregadora Kakau Cordeiro com declarações racistas e homofóbicas se tornou um dos registros mais compartilhados nas redes sociais, com tom de indignação.
Na gravação, Kakau aparece em uma igreja evangélica de Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio e durante a pregação pediu para que os fiéis parassem de se posicionar politicamente e socialmente.
"É um absurdo pessoas cristãs levantando bandeiras políticas, bandeiras de pessoas pretas, bandeiras de LGBTQIA+, sei lá quantos símbolos tem isso aí. É uma vergonha, desculpa falar, mas chega de mentiras, eu não vou viver mais de mentiras. É uma vergonha. A nossa bandeira é Jeová Nissi. É Jesus Cristo. Ele é a nossa bandeira. Para de querer ficar postando coisa de gente preta, de gay, para! Posta palavra de Deus que transforma vidas. Vira crente, se transforma, se converta!". Veja o vídeo
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A repercussão negativa e a abertura de um inquérito da Polícia Civil para analisar o discurso de ódio propagado pela pregadora, fizeram com que ela voltasse a se pronunciar, desta vez, se desculpando pela situação.
Em nota, Kakau afirmou que não tem nenhum tipo de preconceito e disse ter sido "infeliz nas palavras".
"Eu, na verdade, fui infeliz nas palavras escolhidas e quero afirmar que não possuo nenhum tipo de preconceito contra pessoas de outras raças, inclusive meu próprio pastor é negro, e nem contra pessoas com orientações sexuais diferentes da minha, pois sou próxima de várias pessoas que fazem parte do movimento LGBTQIA+".
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Em entrevista ao G1, o delegado titular da 151ª DP, Henrique Pessoa, disse que há um "teor claramente racista e homofóbico, o que configura transgressão típica na forma do artigo 20 da Lei 7716/87", crime que pode levar a prisão com pena de 3 a 5 anos.