O Ministério da Saúde, chefiado por Eduardo Pazuello, está em fase final de negociação com o Instituto Butantan para a compra de 46 milhões de doses da Coronovac, imunizante contra o novo coronavírus desenvolvido em parceria com o laboratório chinês Sinovac.
De acordo com informações da jornalista Carla Araújo, em sua coluna no UOL, ainda nessa semana deve ser assinado um memorando de intenções, documento desejado pelo governador João Doria (PSDB), um dos entusiastas do imunizante.
Segundo a jornalista, para a compra das doses, faltam apenas detalhes técnicos. Auxiliares do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) confirmam a decisão e a reafirmam que todas as vacinas que tiverem memorando de intenção, “depois de registradas”, serão compradas pelo governo.
O Instituto Butantan é vinculado ao governo do Estado de São Paulo e a CoronaVac já motivou atritos públicos entre Bolsonaro e Doria. Em outubro, o presidente colocou em cheque a compra de 46 milhões de doses da vacina atribuindo ao imunizante um “descrédito” por vir da China.
Nesta quarta-feira (16), durante o anúncio do plano de vacinação contra a Covid-19, que ainda não possui um cronograma de fato, Bolsonaro falou em união. No entanto, menos de 24h antes, presidente havia dito que não tomaria a vacina e “ponto final”.
No plano, o Ministério da Saúde diz estimar que os grupos de maior risco e de maior exposição estariam vacinados ainda no primeiro semestre de 2021.
Questionado sobre a data inicial para a vacinação no país, Pazuello falou em “meados de fevereiro” e criticou a “ansiedade e angústia” em torno do início da imunização no Brasil.
Butantan enviará dados à Anvisa no dia 23