Por: Só Notícia Boa
Pesquisadoras Katherine Kedzierska e Carolien Van de Sandt - Foto: ABC News: Loretta Florance
Pela primeira vez, cientistas da Austrália descobriram como o sistema imunológico humano combate o coronavírus.
A pesquisa do Instituto Peter Doherty para Infecção e Imunidade – publicada na revista médica Nature Medicine – mostra que as pessoas estão se recuperando da infecção da mesma maneira como elas se recuperam de uma gripe.
“As populações de células imunes que tiramos antes de os pacientes se recuperarem são as mesmas células que vemos na gripe… Compreender o que falta, ou é diferente em pessoas com doença grave ou fatal de COVID-19, pode levar a novas terapias”, afirmou a pesquisadora chefe do laboratório, Katherine Kedzierska.
O próximo passo agora é mapear o sistema imunológico de um grupo maior de pacientes, incluindo aqueles com sintomas mais graves.
“Estamos muito curiosos para ver o que acontece nesses pacientes e saber qual parte da resposta imune não está sendo ativada”, disse a pesquisadora Carolien van de Sandt, que também participa da pesquisa.
A pesquisa
Os pesquisadores coletaram amostras de sangue de uma mulher de 40 anos, um dos primeiros pacientes diagnosticados com coronavírus na Austrália.
Ela estava em Wuhan, na China, e foi internada em um hospital de Melbourne com sintomas como letargia, dor de garganta, tosse seca e febre.
Os testes revelaram que ela tinha COVID-19.
“Encontramos nesta paciente… o surgimento de células imunes no sangue”, afirmou.
“Com base em nossa experiência com pacientes com influenza, podemos prever a recuperação e foi exatamente o que aconteceu no COVID-19”.
Vacina eficaz
Usando a nova pesquisa, os cientistas esperam usar marcadores no sangue para rastrear os pacientes e verificar se eles provavelmente desenvolverão sintomas mais graves.
“Nosso estudo é um passo importante para entender como nosso corpo se recupera de uma infecção leve a moderada pelo COVID-19″, disse a professor Kedzierska.
Com isso, os cientistas poderiam dizer de antemão se um caso seria grave ou se será mais brando.
Eles esperam que suas descobertas ajudem na corrida por uma vacina eficaz.
‘Esta descoberta é importante porque é a primeira vez que estamos realmente entendendo como nosso sistema imunológico combate o novo coronavírus”, disse Katherine, co-autora do estudo. Com informações da
ABC