por Tássia Kastner | Folhapress
Aos 81 anos, Lia Maria Aguiar encerrou uma disputa judicial que travava há anos contra o Bradesco, fundado por seu pai, Amador Aguiar. Pelo acordo, ela passa a ser uma acionista direta do segundo maior banco privado do país.
Segundo comunicado divulgado pelo Bradesco no fim de fevereiro, Lia detinha 6,49% da holding Cidade de Deus, por meio da qual a família Aguiar tem participação no banco.
A herdeira deixa agora de ter uma fatia da empresa e passa a ter ações com direito a voto do Bradesco.
Como o percentual é inferior a 5%, o valor não foi informado. Para comparação, 5% das ações ordinárias do Bradesco equivalem a cerca de R$ 6,4 bilhões.
A principal disputa contra acionistas do Bradesco, que atingia entre outros Luiz Carlos Trabuco e Lázaro Brandão, respectivamente atual e antigo presidente do conselho do banco, tem relação com um alegado prejuízo causado por decisões tomadas pela administração do banco.
Um dos processos, de 2016, questionava a retenção de dividendos (que remunera o acionista) e também emissões de debêntures feitas pelo banco por meio da NCF, uma das empresas que formam o Bradesco em sua complexa estrutura societária. Destaca-se ainda a Fundação Bradesco, que tem o controle do banco.