por Fernando Duarte / BN
Foto: Reprodução/ Amâncio
Um levantamento feito pela equipe do Bahia Notícias constatou que, em meio a doação de campanha para candidatos, alguns postulantes ao legislativo receberam recursos de partidos diferentes daqueles a que estão filiados. A medida não é ilegal, frise-se. Porém é esdrúxula do ponto de vista ideológico. Eis que aí reside o problema: não existe ideologia quando os interesses eleitorais são postos à prova.
O inusitado veio a público desde a última semana, quando o repórter João Brandão divulgou que a candidata a deputada federal pelo PV Marcelle Moraes recebeu R$ 100 mil da direção nacional do Democratas. Brigada com os verdes desde que perdeu a vice-liderança da legenda na Câmara de Vereadores de Salvador, a sombra do irmão Marcell não estava mais interessada em participar do pleito de 2018.
No entanto, diante do racha do chapão de apoio a Zé Ronaldo (DEM), a verde quase desfiliada acabou na disputa por uma vaga na Câmara dos Deputados, para servir de apoio ao defensor dos animais da Assembleia. Foi nesse contexto que o DEM precisou de uma chapa com “candidatos escada” para tentar viabilizar os mandatos dos caciques, ameaçados pela campanha pouco robusta do postulante na majoritária. Aí mora uma desculpa não pública para que a direção nacional banque uma cifra expressiva para uma candidatura de fora do partido.