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Enquanto o governo se desdobra em pacotes e ajustes fiscais para tentar melhorar o PIB brasileiro - que é a soma de tudo que é produzido aqui - a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) ensina um caminho longo, porém sustentável: investir na educação do nosso povo.
O Brasil aparece apenas em 60º lugar entre 76 países no ranking global de qualidade de educação que a OCDE divulgará nos próximos dias, mas a organização vê um grande potencial de crescimento econômico se o país proporcionar educação básica universal para todos os adolescentes de 15 anos.
Em outras palavras, a OCDE estima que um cenário em que todos os adolescentes de 15 anos estejam estudando e alcançando um nível básico de educação pode ajudar o PIB do país a crescer mais de 7 vezes nas próximas décadas.
A análise se baseia na pontuação de alunos de 15 anos em testes de matemática e ciências e configura o mapa mais completo dos padrões de educação em todo o mundo.
Economia
A OCDE argumenta que melhorar o padrão da educação impulsionará o crescimento econômico dos países. E afirma que o baixo nível da educação em um país pode resultar num "estado permanente de recessão".
"É a primeira vez que podemos ver a qualidade da educação numa escala verdadeiramente global", diz o diretor da OCDE para assuntos educacionais, Andreas Schleicher.
"A ideia é dar aos países, ricos ou pobres, a oportunidade de comparar seu desempenho educacional para descobrir pontos fortes e fracos e ao mesmo tempo ver o benefícios a longo prazo de melhoras na qualidade do ensino."
Schleicher cita como exemplo justamente Cingapura, que nos anos 60 tinha altos índices de analfabetismo.
Os melhores
Países asiáticos dominaram as primeiras posições do ranking: no topo da lista está Cingapura, seguida por Hong Kong, Coreia do Sul, Japão e Taiwan.
Veja o ranking, baseado na pontuação de alunos de 15 anos em Matemática e Ciências:
Cingapura - Hong Kong - Coreia do Sul - Japão - Taiwan - Finlândia - Estônia - Suíça - Holanda - Canadá - Polônia - Vietnã
Os resultados parciais do relatório, obtidos pela BBC, serão apresentados no Fórum Mundial de Educação, na Coreia do Sul, na semana que vem. Com informações da BBC