Fotos: Alisson Bruno/Arquivo Pessoal
Por Rinaldo de Oliveira - Alisson Bruno, o atleta brasiliense mostrado no mês passado que faz rifa e paga com dinheiro do próprio bolso as viagens para competir em nome do Brasil - é o novo Campeão Sul-Americano de Karatê.
Sim, mesmo sem patrocinador, ele foi lá, bancou tudo, lutou e venceu de novo!
O atleta de 20 anos volta ao Brasil nesta terça-feira, dia 9, trazendo na bagagem de Santiago, no Chile, 2 medalhas: ouro na categoria equipe sênior e bronze na categoria equipe sub 21.
Ele nos cedeu as fotos acima em primeira mão e comemorou as vitórias, em entrevista ao SóNotíciaBoa: "Ser campeão representando o país é uma sensação única. É o que todo atleta de alto rendimento busca. Muito gratificante! Só fico triste por saber que agora tenho algumas contas para pagar... rsrs".
Nascido em uma família pobre de Planaltina/DF - a 43 Km de Brasília, Alisson é o número 1 do ranking nacional de Karatê.
E ele não desiste, apesar de todas as dificuldades financeiras que enfrenta para competir, principalmente fora do Brasil.
Rifas e vaquinhas
Ganhando pouco no trabalho, o atleta se vira como pode: faz rifas, vaquinhas, economiza do salário e vai pra luta.
Títulos não faltam: desde 2009, quando entrou para a seleção brasileira, foi vice-campeão panamericano, campeão sul-americano, tricampeão da copa Brasil, penta campeão brasileiro (3 vezes individual e duas por equipes).
Nesta viagem a Santiago, ele calcula ter gastado 3 mil reais, do próprio bolso, sem vaquinha desta vez.
Alisson quis evitar o que aconteceu no ano passado, quando não competiu no panamericano por falta de dinheiro e agora bancou tudo sozinho. Mesmo assim...
"Deu pra comer direito, economizando. Mas ainda tive que pegar dinheiro emprestado com uma colega de equipe se não faltava", confessou.
História
Filho de família modesta - pai cobrador de ônibus e mãe autônoma e 4 irmãos - Alisson sempre foi incentivado pelos pais a seguir em frente. Mas eles também não têm o suficiente para bancar viagens e mais viagens.
O Atleta trabalha, treina e estuda à noite.
Ele se mantém com 925 reais por mês de bolsa atleta e dá aulas de karatê para pagar a faculdade de educação física, na UniEuro. Leia tudo em http://sonoticiaboa.band.uol.com.br
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