Bangcoc, 4 mar (EFE).- Um grupo de organizações de defesa dos direitos humanos pediu nesta quarta-feira ao presidente da Indonésia, Joko Widodo, paralise as execuções, reinstale uma moratória e acabe com a pena capital.
O grupo, formado por 42 associações de mais de 30 países, condenou em uma carta a decisão do presidente de rejeitar a clemência para os dez presos que serão executados, entre eles o brasileiro Rodrigo Goulart, em uma data ainda não fixada, condenados por tráfico de drogas.
No dia 18 de janeiro, seis condenados, entre eles o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, uma indonésia, um holandês, dois nigerianos e um vietnamita, foram executados por pelotões de fuzilamento integrados por 12 pessoas em duas penitenciárias do centro da ilha de Java.
"Sua recusa em conceder o indulto a seis traficantes em janeiro foi decepcionante e um passo na direção errada. Ao autorizar mais execuções, acabou abalando a imagem internacional da Indonésia e prejudicou as relações entre Jacarta e vários países", diz a nota enviada ao chefe do Executivo.
"Além disso, a decisão de seu governo em intervir para salvar a vida dos cerca de 230 indonésios condenados à morte no exterior é completamente incompatível com sua resolução de autorizar execuções na Indonésia", acrescenta o texto.
Quatro dos presos - dois australianos, um nigeriano e um filipino - foram transferidos para a prisão de Kerobokan, na cidade de Cilacap, o ponto mais próximo, dentro do território continental do país, da ilha-prisão de Nusakambangan, onde serão realizadas as execuções.