Operação Lava Jato da PF
Hotel Príncipe da Enseada, do doleiro Alberto Youssef, é saqueado e pichado em Porto Seguro, na Bahia. Apontado como operador do esquema de corrupção na Petrobras, Youssef disse à Justiça que os estabelecimentos e bens que abriu mão são fruto de dinheiro oriundo de atividade criminosa Leia mais Namidia News/Divulgação
Chegou ao Supremo Tribunal Federal na tarde desta terça-feira (3) a lista de parlamentares que serão investigados na Operação Lava Jato, enviada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O ministro Teori Zavascki, do STF, deve deferir ou indeferir os pedidos de abertura de inquérito até esta sexta-feira, 6, quando também tornará o conteúdo oficialmente público.
Fontes das bancadas do PMDB na Câmara dos Deputados e no Senado Federal revelaram que os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), teriam sido informados, pelo vice-presidente Michel Temer, na última sexta-feira (27) sobre a inclusão de seus nomes na lista dos políticos envolvidos na operação Lava Jato.
Temer nega. Na tarde desta terça, ele informou, por meio de sua assessoria, que não recebeu nenhum dos nomes da lista. Segundo a assessoria do vice-presidente, como Temer não foi comunicado de nenhum nome, não teria condições de repassar a informação para qualquer pessoa.
O vice-presidente recebeu Janot em sua residência oficial, o Palácio do Jaburu, na manhã de quinta-feira (26), em agenda que só foi divulgada posteriormente. Na ocasião, foi divulgado que a reunião teve como assunto questões orçamentárias do Ministério Público Federal.
Respostas
Cunha negou que tenha sido comunicado sobre a possível inclusão de seu nome da lista dos políticos envolvidos na Lava Jato. "Ninguém me comunicou de nada", rebateu o peemedebista.
Cunha presidiu a sessão deliberativa da Câmara nesta tarde e não tocou no assunto durante os trabalhos. Aos jornalistas, ele disse que estava com a consciência "absolutamente tranquila" e negou apreensão com a iminência da divulgação da lista de Janot.
O peemedebista lembrou que foi "vítima de alopragem" há dois meses e que estará sempre pronto para esclarecer novos casos de "alopragem".
"Ninguém está imune a absolutamente nenhum tipo de investigação", declarou.No Twitter, Eduardo Cunha negou que tenha recebido a informação. Também o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), negou ter sido procurado. "Não tenho nenhuma informação", respondeu Renan ao deixar a reunião de líderes partidários do Senado.
Na noite dessa segunda-feira (2), o procurador-geral recebeu uma vigília do movimento Vem para Rua na sede da PGR em Brasília. "Vamos trabalhar com tranquilidade, com equilíbrio, e quem tiver que pagar vai pagar", disse Janot.
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