A fisioterapeuta Heidi Silva também é osteopata e compartilha conhecimentos com mulheres que sofrem com ciclo menstrual
- Fotos: Marjory Uzeda
Uma fisioterapeuta está compartilhando conhecimentos de osteopatia com mulheres que sofrem com o ciclo menstrual. É tudo de graça e pela internet e já tem seguidoras melhorando do desconforto e das dores. Por Rinaldo de Oliveira / SNB
Além de compartilhar conhecimentos no
Instagram, Heide Silva, formada em
Fisioterapia, acaba de criar um programa de mentoria para o público feminino. A filha do motorista e de uma dona de casa sempre gostou de buscar a fundo respostas para as questões que a afligiam.
Heide sofria de cólicas menstruais desde a adolescência e decidiu também se dedicar à
Osteopatia, buscando origem e solução para algo que a incomodava todo mês, assim como outras mulheres que conhecia.
“Nosso útero é o centro de criação: poder único que só pertence a nós mulheres. Quem acredita que menstruar é ultrapassado e que mulher sofre por ter útero, deixa de descobrir a causa dessa queixa e assim ter condição de resolvê-la”, defende a
fisioterapeuta que resolveu compartilhar gratuitamente com outras mulheres o conhecimento que a libertou de desconforto e crenças limitantes.
“A faculdade não dá tudo. Saímos com o protocolo de atendimento na terapia convencional e com a crença equivocada de que só precisamos olhar para o físico, para aquela parte do corpo que apresenta algum sintoma. Eu via as pessoas passando anos em tratamento e reclamando das mesmas coisas. Aquilo me incomodava. […] “As mulheres precisam aprender que o que acontece fisiologicamente todos os meses no corpo delas não é para gerar sofrimento. Menstruar tem serventia”, defende Heide Silva.
O que é osteopatia
Muita gente nunca sequer ouviu falar da Osteopatia, prática de medicina alternativa que consiste na utilização de técnicas de mobilização e manipulação das articulações e dos tecidos moles.
O método de avaliação, diagnóstico e tratamento promete ajudar o corpo a se curar sozinho, indo muito além dos sintomas.
“A Osteopatia busca a origem das dores, das desordens que geram patologias. A gente trabalha com uma visão mais integrativa acreditando que toda queixa acontece porque existe um desequilíbrio no corpo que pode se originar de qualquer sistema, nervoso, ósseo, hormonal, muscular, entre outros”, explica Heide Silva que quase desistia da sonhada profissão quando resolveu se especializar na técnica.
O tratamento osteopático criado pelo americano Andrew Taylor Still enfatiza a integridade estrutural e funcional do corpo, bem como a tendência intrínseca de autocura do organismo.
A principal diferença entre um fisioterapeuta clássico e um osteopata é a forma de raciocinar, buscando entender a origem da doença, focando no indivíduo e não no diagnóstico.
Quando o profissional essa visão integral, técnicas e manobras osteopáticas a todo o conhecimento adquirido na faculdade, consegue melhores resultados clínicos.
Nos Estados Unidos, só médicos estão habilitados a trabalhar com Osteopatia. Na Europa, é uma profissão à parte. Aqui no Brasil, a formação é permitida apenas para fisioterapeutas formados.
O grupo de ajuda
Através do grupo GiraSister, sete jovens estão tendo acesso a conteúdos gratuitos que as ajudam a entender e valorizar seu ciclo reprodutivo. Novas turmas serão abertas em breve.
“Menstruamos porque precisamos ovular para produzir hormônios e precisamos produzir hormônios para ter saúde. É ovulando que a mulher consegue produzir hormônios naturalmente e assim manter o equilíbrio hormonal e metabólico. Ou seja, manter a saúde”, explica. Leia tudo no
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