Ministro minimizou tensão com outras pastas e defendeu que o ajuste é necessário para a credibilidade do novo arcabouço fiscal
Foto: Oedson Alves/Agência Brasil
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou que o pacote de corte de gastos do governo já está finalizado e depende agora apenas de ajustes do Ministério da Defesa. Segundo Haddad, o conjunto de medidas, aprovado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), está conforme o planejado pela equipe econômica.
De acordo com matéria do InfoMoney, o ministro pontuou ainda que o movimento de alguns titulares de outras pastas em pressionar a preservação dos recursos de sua área é algo natural. “Fui ministro da Educação e também já fiz reclamações. Cada ministério defende sua agenda, mas o que estamos fazendo é para que todos possam crescer juntos. O pior cenário seria disputar fatias de um bolo que não cresce”, disse ele em entrevista exibida na noite do último domingo (17) no canal CNBC Brasil.
A expectativa pelo anúncio do pacote de cortes do governo veio acompanhada de tensões na Esplanada dos Ministérios. Além da Defesa, dois ministros — Luiz Marinho, Ministério do Trabalho, e Carlos Lupi, Ministério da Previdência Social — chegaram a declarar, em entrevistas, que poderiam deixar os cargos caso os cortes afetassem programas sociais ou direitos.
Ainda na entrevista, Haddad defendeu que o ajuste nas contas públicas é necessário para assegurar a sustentabilidade e a credibilidade do novo arcabouço fiscal. Segundo estimativas de diversos jornais, divulgadas na semana passada, o pacote de cortes de gastos deve ter um impacto de cerca de R$ 70 bilhões nas contas públicas nos primeiros dois anos. Os números, no entanto, ainda não foram confirmados.
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