O prefeito de Itabuna, Capitão Azevedo, destacou a importância histórica do Seminário de Políticas e Ações de Saneamento Básico, promovido pelo Ministério das Cidades em conjunto com a Associação dos Municípios da Região Sul, Extremo Sul e Sudoeste da Bahia (Amurc), que culmina com a assinatura do primeiro pacto de saneamento do Brasil, pelo ministro das Cidades, Mário Negromonte.
A elaboração do Plano Municipal de Saneamento Ambiental de Itabuna terá um custo de R$ 941 mil e contempla projetos de água, saneamento básico, drenagem e resíduos sólidos. Na abertura do seminário, na Câmara Municipal de Itabuna, o Capitão Azevedo, saudou os participantes falou da responsabilidade dos gestores municipais, sobre quem recaem as cobranças e os problemas das comunidades que administram.
Ele observou ainda, que Itabuna e a região Sul da Bahia sofreram o impacto da vassoura de bruxa, que não só desarticulou a cadeia produtiva cacaueira, deixando mais de 250 mil desempregados na área rural, e criando um verdadeiro cinturão de miséria no entorno dos centros urbanos, que carecem de recursos para infraestrutura, habitação, serviços públicos, além de saúde e educação.
Destacou o seminário como uma grande oportunidade de aproximação entre os governos municipais, o Ministério das Cidades e a Caixa Econômica Federal, com o objetivo de disponibilizar informações sobre os projetos e proporcionando ao mesmo tempo aprimoramento técnico dos gestores municipais e dos seus assessores.
Ressaltando que os ministérios dispõem de recursos abundantes, o prefeito de Itabuna observou que há em contrapartida uma carência de projetos bem elaborados por parte dos governos municipais: “Nunca é tarde para nada e mesmo faltando pouco mais de um ano para o final dos nossos mandatos, ainda é tempo de elaborar projetos redondos e que atendam os interesses da população”, complementou.
Legitimidade
O chefe de gabinete do Ministério das Cidades, Cássio Ramos Peixoto, lembrou que a região Sul da Bahia, que tanto contribuiu para o desenvolvimento do país, hoje discute ações de saneamento, com uma legitimidade conferida pela Amurc e lideranças políticas regionais.
Peixoto colocou na agenda de debates questões como a construção da barragem do rio Colônia, que vai assegurar o abastecimento de água de Itabuna, a assinatura do Plano Municipal de Saneamento e os investimentos em saneamento anunciados pelo ministro Mário Negromonte, além “da parceria com a Caixa, que funciona como uma perna do Ministério das Cidades no sentido ouvir os desabafos e reivindicações dos gestores municipais”.
O presidente da Amurc, Cláudio Dourado, que é prefeito de Ibicuí, destacou o apoio do Ministério das Cidades para a realização do seminário, que tem o objetivo de auxiliar aos prefeitos na superação de dificuldades e no sentido de desenvolver projetos importantes para suas comunidades.
Dourado acredita ainda, que o seminário visa a eliminação dos gargalos existentes. “servindo ao mesmo tempo como o pontapé inicial numa parceria para desburocratizar a tramitação de projetos, uma vez que os prefeitos em sua maioria são leigos e precisam de um suporte técnico”, argumentou.
Na solenidade falaram ainda o presidente da Câmara de Itabuna, Rui Machado, que saudou os participantes e destacando a importância da presença do primeiro escalão do Ministério das Cidades em Itabuna.
O representante da superintendência da Caixa Econômica Federal, Euclides Monteiro destacou o trabalho da instituição como parceira e executora de projetos do Ministério das Cidades, elogiando a participação de prefeitos e técnicos num seminário voltado para a questão do saneamento e infraestrutura urbana. Texto: Kleber Torres - Fotos: Pedro Augusto