O homem foi encaminhado a um hospital da cidade e não há informações sobre o estado de saúde
Estadão Conteúdo
Foto: Reprodução/X
Um jovem de 24 anos foi baleado à queima-roupa por um policial quando filmava uma ação da Polícia Militar, na madrugada do Natal, 25, em Osasco, na Grande São Paulo. O homem foi encaminhado a um hospital da cidade e não há informações sobre o estado de saúde.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP-SP) disse que o rapaz tentou tirar a arma do policial e outro PM interveio, fazendo o disparo. Uma câmera de segurança registrou apenas parte da ação e não mostra a conduta do homem. As imagens foram divulgadas nas redes sociais.
Segundo a SSP, a PM foi chamada ao local para liberar uma via pública que havia sido bloqueada por um grupo de moradores. Conforme as imagens em redes sociais, a viatura chegou ao local e, assim que desceram, os policiais começaram a discutir com diversas pessoas que estavam na rua. Um dos policiais desceu na viatura com a ama em punho.
Em seguida, outra viatura da PM chega ao local, aumentando a tensão. O jovem que foi baleado começa a filmar a ação da polícia quando um policial passa a golpear com cassetete um rapaz que segurava um cone. Uma mulher jogou um copo de bebida no policial.
O rapaz que faz a filmagem se aproxima e o PM avança contra ele. Os dois saem do campo de gravação da cena. O policial com a arma em punho efetua um disparo. Em seguida, aparece o homem baleado sendo retirado do local por moradores.
Conforme a SSP, ele foi levado para o Hospital Antônio Giglio, em Osasco. O estado de saúde dele não foi informado. A ocorrência foi registrada no 89º Distrito Policial (Jardim Taboão).
“A Polícia Militar analisa as imagens e investiga o caso por meio de Inquérito Policial Militar (IPM). Desvios de conduta não serão tolerados pela corporação e todas as medidas cabíveis são tomadas em caso de abuso por parte dos policiais”, diz, em nota.
No mês passado, dois policiais militares foram presos e mais de 40 afastados por denúncias de violência em abordagens. Entre janeiro e o início de dezembro, foram registradas 784 mortes em decorrência de intervenção policial, segundo o Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público. A Secretaria da Segurança Pública tem afirmado investigar os casos e não tolerar os desvios de agentes.
Dados da SSP apontam que de janeiro a setembro, a Polícia Militar matou 496 pessoas – o maior número desde 2020. A alta interrompeu a curva de queda de mortes pela PM que havia sido registrada a partir do uso das câmeras corporais nas fardas dos agentes. Em 2022, o total de óbitos do tipo foi o menor da série histórica, iniciada em 2001.
Entre os casos de repercussão, estão a morte de uma criança de 4 anos na Baixada Santista, de um estudante de Medicina baleado em um hotel da capital, o assassinato de um homem atingido nas costas após tentativa de roubo em um mercado e o flagra de policiais atirando um homem de uma ponte.
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