por Redação / BN
Foto: Arquivo/Ana Nascimento/Agência Brasil
Mais de 700 residentes da Itália foram enganados por uma organização que prometia a aquisição da cidadania de um suposto país baseado na Antártica, o fictício "Estado Teocrático Antártico de San Giorgio".
Segundo o portal UOL, com informações do jornal italiano La Reppublica, doze pessoas foram detidas nesta sexta-feira (18), em uma operação que ficou batizada de "A ilha que não existe".
A operação foi deflagrada após investigações que tiveram início em abril de 2021. Na época, a polícia identificou um prédio na região de Catanzaro, na Itália, que havia sido indicado como sede diplomática do suposto país.
Às vítimas do golpe foi prometida uma nação com menos burocracias. Neste país eles teriam uma série de vantagens, como financiamento para projetos, liberdade de circulação na Itália e em outros países, além de isenção para as vacinas contra a Covid-19. Tudo isso teria um valor, que variava entre 200 a 1.000 euros (cerca de R$1 mil a R$ 5,2 mil na cotação atual).
Para dar credibilidade a San Giorgio, os criminosos criaram instituições como um Chefe de Estado e até Tribunais de Justiça. Um jornal "oficial", um site, redes sociais, documentos de identidade válidos para a expatriação e outras artimanhas foram utilizadas.
Conforme reportou a publicação, há entre os suspeitos um ex-general da polícia fiscal Guardia di Finanza, Mario Farnesi, 72, e um ex-subtenente da força policial paramilitar Carabinieri, Emanuele Frasca, 56. Ambos estão aposentados e estão entre os levados para prisão domiciliar. Outras 30 pessoas estão sob investigação.
A quadrilha foi acusada de conspiração para cometer crimes, fraude, falsificação de documentos e lavagem de dinheiro, informou a ANSA.
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