Candidato cita inflação recorde dos alimentos e diz apostar na inteligência do povo para reconhecer medidas artificiais e eleitoreiras de ‘políticos espertalhões’
Foto: Adriano Villela / bahia.ba
Cumprindo agenda da campanha à Presidência da República ao lado de Ana Paula Matos (PDT), sua candidata a vice, em Salvador, na manhã desta quinta-feira (11), Ciro Gomes (PDT) ironizou os números atuais da economia sob gestão Bolsonaro e apontou a deflação comemorada pelo governo federal como “milagre” pré-eleição.
Segundo o candidato, ao analisar a situação do país, ele pede que o povo preste muita atenção para não se deixar enganar. “Nós estamos aí na iminência de uma eleição e muitos milagres acontecem na véspera da eleição, porque os políticos são muito espertalhões, por regra. Eu aposto na inteligência do povo”, observou o ex-ministro.
Contrapondo os números frios à realidade nas ruas, ele contestou a eficácia da política econômica do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). “Pergunte ao povo que vai hoje na vendinha de comida se a inflação caiu. A inflação dos alimentos do povo está em 15%, é a maior desde que eu ajudei a fazer o plano Real, lá em 1994. A maior inflação da história, desde 1994”, afirmou Ciro Gomes, segundo o qual a deflação no país ocorre por conta de preços manipulados artificialmente pela União.
“Deflacionou pelos preços que o governo administra. Quais são os preços? Combustíveis: o que é que fez o Bolsonaro? Manteve a política de preços criminosas da Petrobras, os lucros que distribuíram aí agora R$ 88 bilhões de lucro pra banqueiro, sem pagar um centavo de imposto, mas tirou o ICMS da Bahia, do Ceará. Tirando dinheiro da saúde do povo, da educação do povo, pra subsidiar lucro. E aí o preço da gasolina cedeu”, analisou o candidato, apontando que a média usada para mensurar os preços no país não representa o mundo real.
“Média é assim, você pega a temperatura da cabeça dentro do forno, tá pegando fogo. O pé tá no congelador, tá congelado. Média da temperatura da barriga não quer dizer rigorosamente nada! E assim é a média da inflação no Brasil”, afirmou.
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