Os primeiros resultados da vacina contra Aids saíram na revista Nature e são promissores, segundo os cientistas
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Cientistas estão comemorando os primeiros resultados da vacina contra Aids.
A vacina com a tecnologia de RNA mensageiro (mRNA) – a mesma tecnologia de plataforma usada em duas vacinas COVID-19 altamente eficazes – foi considerada segura após ser administrada em macacos, com uma redução para 79% do risco de infecção devido à exposição. Por Rinaldo de Oliveira / SNB
No estudo, publicado nesta quinta, 9, na prestigiada revista Nature, os pesquisadores disseram que a nova vacina em testes é “promissora”.
“Esta vacina experimental de RNA mensageiro combina várias características que poderiam superar as falhas de outras vacinas experimentais contra o HIV e representa uma aproximação promissora”, disse o diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos (NIAD), em nota.
Cientistas do NIAD trabalharam em conjunto com pesquisadores da Moderna, empresa americana responsável por uma das vacinas mais utilizadas contra a Covid-19.
A segurança da vacina
A vacina foi testada primeiro em ratos e depois em macacos, que receberam várias doses de reforço ao longo de um ano.
Apesar das altas doses de mRNA, o produto foi bem tolerado, causando efeitos colaterais moderados, como perda temporária de apetite.
Na semana 58, todos os macacos desenvolveram níveis detectáveis de anticorpos.
A partir da semana 60, os animais foram expostos semanalmente ao vírus, por meio da mucosa retal.
Como os macacos não são vulneráveis ao HIV-1, que infecta humanos, os pesquisadores usaram outro vírus semelhante, o HIV símio (SHIV).
Após 13 semanas, apenas dois dos sete primatas imunizados não estavam infectados. Enquanto os outros não vacinados desenvolveram a doença após cerca de três semanas, os imunizados demoraram em média oito semanas.
“Este nível de redução de risco pode ter um impacto significativo na transmissão viral”, enfatizou o estudo.
A vacina atua fornecendo instruções genéticas ao corpo, provocando a criação de duas proteínas características do vírus.
Estas se agrupam em pseudovírus (VLPs) específicos, simulando uma infecção para induzir uma resposta do sistema imunológico.
Melhorias para testes em humanos
Co-autor do estudo, Paolo Lusso, disse que a equipe está refinando os procedimentos para melhorar a qualidade e a quantidade da resposta à vacina.
Se forem confirmados como seguros e eficazes, eles passarão para os testes em humanos de estágio inicial.
Portanto, mantenha o uso de preservativos nas relações sexuais. Eles continuam sendo a maior proteção contra a Aids. Com informações do Diário do Nordeste e France24
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