Foto: Divulgação / Sesab
A secretária estadual de Saúde, Tereza Paim, realçou a posição contrária da gestão estadual acerca da realização do Carnaval do próximo ano. Em entrevista cedida ao jornal Correio e divulgada pela Sesab na manhã deste domingo (12), a titular da pasta rechaçou a vontade de setores empresariais ligados à festa para que o evento seja organizado.
"As pessoas têm memória curta, isso é fato. A gente não vai promover, enquanto governo, qualquer ação favorável a qualquer festa que seja que aglomere pessoas – principalmente o Carnaval, que aglomera pessoas de todo o planeta. A gente não pode ser o paraíso dos negacionistas. Aqui no país, as pessoas estão entrando sem nenhuma comprovação", pontuou a médica.
Segundo ela, há um leve aumento no número de casos - o que fez a Bahia atingir os atuais 2,9 mil casos ativos da Covid-19 - e a suspensão da comprovação do passaporte vacinal e a não realização de testes apresenta riscos iminentes. "A gente não vai simplesmente abrir para que pessoas adoeçam de novo".
Paim considerou que estamos em um "estado de alerta", apesar da queda nos índices de letalidade da doença. Nas suas palavras, há um desejo popular pela não realização do Carnaval em 2022. O alerta dito pela secretária seria ainda mais necessário em função das festas de final de ano e o período de férias.
Ainda se tratando do mesmo tema, o da pandemia do coronavírus (Covid-19), ela disse que os decretos que cobram a apresentação do passaporte da vacinação no transporte intermunicipal, para servidores públicos e que condicionam o acesso aos estabelecimentos são medidas fiscalizatórias louváveis.
Na entrevista, ela também comentou sobre a saída do seu antecessor, o médico Fábio Vilas-Boas, em meio a uma crise, e os principais erros da Sesab na execução da estratégia de enfrentamento à Covid.
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