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domingo, 8 de agosto de 2021

Mulheres concentram acordos em programa de redução de salários

Minoria no mercado de trabalho, mulheres estão em 53,6% dos acordos. Especialista diz que dado reforça vulnerabilidade
Márcio Pinho, do R7
Assinatura de carteira de trabalho. Mulheres liderem acordos
MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL
As mulheres lideram os acordos para redução de salário ou suspensão de contrato que fazem parte do programa do governo federal com vistas à manutenção do emprego na pandemia.

Elas correspondem a 53,67% dos 3.087.490 acordos firmados entre patrões e empregados em 2021, com 1.657.071 adesões à redução de salário e jornada ou suspensão de contrato.

Por outro lado, os homens correspondem a 46,32% dos acordos - o equivalente a 1.430.236.

O dado contrasta com a realidade do mercado de trabalho brasileiro. Segundo números do Ministério do Trabalho e Previdência, com base em bancos de dados ligados ao emprego - como o Caged e a Rais - apenas 40,4% dos cerca de 40,4 milhões de brasileiros com empregos formais em junho eram mulheres, o que mostra um predomínio de homens com registro em CLT.

Para Ana Fontes, presidente da ONG Rede Mulher Empreendedora, a maior presença da mulher no programa de manutenção de emprego reforça a situação de fragilidade de pessoas do sexo feminino no mercado de trabalho, apesar da possibilidade positiva trazida pelo programa de tentar evitar demissões.

Ela opina que a maior vulnerabilidade da trabalhadora, especialmente na pandemia, já vem sendo confirmada por outros dados, como os de desemprego. O estudo Pnad Contínua, do IBGE, por exemplo, aponta que a taxa de ocupação de mulheres caiu de 46,2%, no segundo trimestre de 2019, para 39,7% no mesmo período em 2020, quando houve a maior paralisação da economia. No caso dos homens, a taxa de ocupação caiu menos, de 64,1% para 58,1%.

Apesar da reabertura de setores da economia de forma mais intensa nesse segundo semestre, o nível de empregabilidade ainda não foi retomado. Mais em https://noticias.r7.com

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