Foto: Arquivo / Agência Brasil
O fim da taxa para importação para leite da Europa e da Nova Zelândia tem gerado preocupação na cadeia produtiva do setor. “Nós queremos que o consumidor pague mais barato, sem abrir mão dos empregos gerados na cadeia produtiva do leite e priorizando a produção nacional. Mas se olharmos com imediatismo teremos alguma vantagem momentânea e uma tragédia estrondosa para toda cadeia produtiva”, afirmou o deputado federal Zé Neto (PT), que alertou para os riscos da política adotada pelo Ministério da Economia.
A pasta editou a Circular n° 5 (de fevereiro de 2019) para acabar com a tarifa antidumping e abrir o mercado nacional. Apesar de ter se comprometido a não aplicar a Circular, o governo federal está acabando com a tarifa de forma generalizada.
No caso da importação de leite, a liberação da importação coloca em risco os pequenos produtores brasileiros que não têm como competir com os preços do produto importado. “Se comprarmos leite lá fora, não vamos ter mais quem produza aqui. Os produtores estrangeiros têm muitos incentivos fiscais. Não podemos exigir competitividade de nossos produtores, sem que o Estado faça a sua parte, como na agroindústria”, defendeu Zé Neto.
“Vamos comprar mais barato hoje mas e amanhã, quando não houver mais produção interna? Não podemos cair nesse conto da facilidade, do preço baixo. Nossas cadeias produtivas são fundamentais para dar ao Brasil um futuro de soberania e de produção econômica”, concluiu Zé Neto na audiência virtual realizada na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços (CDEICS) da Câmara dos Deputados, nessa quarta-feira (11).
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