por Francis Juliano
Foto: Divulgação / Ascom / Prefeitura de Cachoeira
Desde que relatou ameaças de morte, a prefeita de Cachoeira, no Recôncavo, Eliana Gonzaga, (ver aqui) passou a ter um suporte de proteção da Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP-BA). Nesta segunda-feira (19), um oficial da PM esteve com a gestora como parte das ações. Uma nova audiência com o titular da SSP-BA, Ricardo Mandarino, também deve acontecer em breve.
Eliana Gonzaga já fez dois boletins de ocorrência sobre as ameaças. Os casos começaram no final do ano passado, logo após ela vencer a eleição municipal. Dois apoiadores, um deles vereador eleito, foram mortos em dezembro e março passado, respectivamente. Gonzaga diz que não sabe de onde partem as ameaças e preferiu não especular sobre nomes.
"Eu não posso atribuir esses casos a ninguém, a nenhuma pessoa ou grupo. A gente só pode falar daquilo que pode provar, e eu prefiro nem saber mesmo. Quero deixar o caso com a polícia e a Justiça", disse ao Bahia Notícias. A gestora conta que uma vez atendeu uma ligação e do outro lado ouviu som de rajada de tiros. Antes de ser eleita – ela é a primeira negra a comandar o Executivo Municipal – Eliana Gonzaga foi vereadora por dois mandatos.
Ela conta que nunca sofreu qualquer coisa parecida. "Nunca tive problema com ninguém. Tudo isso se deu depois do resultado das eleições. Cheguei a perder em 2016 quando estava em uma chapa como candidata a vice-prefeita, e também nunca aconteceu isso. Cachoeira nunca teve esse cenário político violento", relatou.
Eliana Gonzaga declarou que já recebeu pedidos para renunciar, mas descartou a possiblidade. "Não vou renunciar. O povo não elegeu uma covarde. Nós temos a alma de nossos ancestrais e não vamos renunciar", afirmou.
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