Foto: Antônio Cruz/ Agência Brasil
O Brasil entrou, pela primeira vez em 20 anos, na zona vermelha do ranking mundial da Liberdade Imprensa da organização Repórteres Sem Fronteiras, divulgado nesta terça-feira (20). Isso significa que a situação para o trabalho da imprensa no país é difícil.
Em relação ao ano passado, o Brasil ainda apresentou queda de quatro posições no ranking, passando da 107ª colocação para a 111ª. É o quarto ano consecutivo de queda do país, que em 2018 estava na 102ª posição.
A entidade separa a situação de cada país em cinco cores relativas ao nível de liberdade de imprensa, que são branca (muito boa), amarela (boa), laranja (problemática), vermelha (difícil) e preta (muito grave). O texto de apresentação do ranking descreve o ambiente para o trabalho dos jornalistas como tóxico desde que o presidente Jair Bolsonaro assumiu o poder, em 2019.
“Insultos, estigmatização e orquestração de humilhações públicas de jornalistas se tornaram a marca registrada do presidente, sua família e sua entourage”, afirma o texto.
Para a organização, os ataques ficaram mais intensos com a pandemia de coronavírus porque o presidente dissemina informações falsas e acusa a imprensa de ser a responsável pelo “caos no país”.
Acompanham o Brasil na zona vermelha nações como Bolívia, Nicarágua, Rússia, Filipinas, Índia e Turquia. Antes, o país estava na posição laranja. A Noruega é o país onde há mais liberdade de imprensa pelo quinto ano consecutivo. Em segundo, ficou a Finlândia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário