Nelson Jr / SCO-STF
O senador Jaques Wagner (PT) começou a colher assinaturas para apresentar uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que permite retirar o presidente da República do cargo, caso seja comprovada sua incapacidade física ou mental para governar. A iniciativa foi motivada pela gestão de Jair Bolsonaro e é inspirada na 25ª Emenda à Constituição dos Estados Unidos, que prevê que o vice-presidente assumirá a Casa Branca em situações do tipo.
"Eu acho que nesse aspecto ele é réu confesso por todas as declarações que tem dado. Isso já é constatado no mundo inteiro ao ponto das pessoas falarem que precisam salvar o Brasil do ponto de vista sanitário e passar a ignorar o presidente. Ele lá fora é visto como um lixo e aqui dentro como um desgovernado. Negou a vacina, negou o isolamento, negou a máscara, estimulou aglomerações, então é incompátivel do ponto de vista emocional com o cargo que ocupa", afirmou Wagner, em entrevista ao "Isso é Bahia", programa da rádio A TARDE FM em parceria com o Bahia Notícias.
Iniciativa semelhante está sendo realizada pela deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP), na Câmara dos Deputados. A proposta foi batizada pela parlamentar como "PEC da Insanidade".
Wagner, por outro lado, rejeita qualquer mudança no sistema político do Brasil, como uma guinada para o parlamentarismo, mas defende que a democracia do país necessita de alternativas para solucionar crises como a vivida atualmente.
"Eu sou um presidencialista convicto. É uma tradição brasileira e é o que eu defendo. Então essa ideia veio na minha cabeça pelo momento que estamos vivendo. Confesso que nunca tinha pensado nisso, mas quando vi que há essa emenda nos Estados Unidos, que é um país com uma tradição democrática consolidada, estou sugerindo que isso possa acontecer no Brasil e que nos vejamos livres desse total desequilíbrio."
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