Responsável pelo "voto de minerva", Nunes Marques irá definir sobre a parcialidade do ex-ministro; caso vote contra, ministro poderá garantir reinício das ações contra Lula e abrir caminho para outros réus da Lava Jato
Por iG Último Segundo **Fellipe Sampaio /SCO/STF
Ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF)
Primeiro nome indicado por Jair Bolsonaro para compor o Supremo Tribunal Federal (STF) após a aposentadoria de Celso de Mello, o ministro Kassio Nunes Marques será vital na definição do futuro de duas figuras intimamente ligadas ao presidente: o ex-ministro Sergio Moro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Com a paralisação, na última terça-feira (9), da votação sobre a parcialidade ou não do ex-ministro na condução de processos contra o petista no âmbito da operação Lava Jato com placar empatado em 2 a 2, Nunes Marques será responsável pelo chamado "Voto de Minerva" na Segunda Turma, definindo os rumos do processo. Caso vote contra, poderá garantir mais uma vitória ao ex-presidente, que veria as ações contre ele sendo reiniciadas do zero, além de abrir caminho para que outros réus investigados pela operação também solicitem o mesmo tipo de análise.
De acordo com levantamento realizado pelo jornal o Globo, que buscou os últimos posicionamentos de Nunes Marques , a expectativa é de que o voto seja favorável a Moro por conta do perfil "garantista" do ministro, corrente que preza mais pelos direitos individuais dos investigados em detrimento da interpretação mais rígida da lei.
Até o momento, ele tem acompanhado as análises dos outros dois integrantes do grupo " garantista " na Segunda Turma, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. Foi assim nos casos envolvendo parlamentares do PP, denunciados por organização criminosa , do senador Humberto Costa, do ex-senador Eunício Oliveira, da filha de um operador financeiro acusado na Lava Jato e de um promotor aposentado do Rio.
Ainda de acordo com a publicação, tal cenário se modificaria caso a possibilidade levantada por outros integrantes da Segunda Turma, de que a ministra Cármen Lúcia pode mudar seu voto antes do final do julgamento de Moro , se confirme. Entretanto, ela já afirmou que pretende votar após o colega, o que não traria modificações ao resultado final, seja para um lado ou o outro. Fonte: Último Segundo - iG
Nenhum comentário:
Postar um comentário