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terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

Vacina da Johnson não precisa refrigeração e é em dose única

Vacina da J&J contra covid-19 - Foto: Dado Ruvic/Reuters
A vacina da Johnson & Johnson apresentou mais uma vantagem, além de imunizar com apenas uma dose: ela não precisa de refrigeração abaixo de zero.

Isso facilita sua distribuição, de acordo com o infectologista Renato Kfouri, diretor da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações) e membro do Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde.

“A grande vantagem é ser uma vacina de dose única, o que permite imunizar o dobro de pessoas”, disse.

Testes
A vacina da J&J está na terceira e última fase de testes no Brasil, com 7.560 voluntários.

A empresa já recebeu da Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Certificação de Boas Práticas de Fabricação. Este é um dos documentos exigidos para o pedido de uso emergencial ou de registro da vacina no país.

Porém a J&J ainda não entrou com nenhuma das solicitações.

A Johnson & Johnson anunciou que a vacina foi 72% eficaz na prevenção da doença nos Estados Unidos e alcançou uma taxa de 66% de eficácia global, em um teste realizado em três continentes e com variantes múltiplas do vírus.

Adenovírus
O infectologista Renato Kfouri explica que o imunizante é fabricado por meio da tecnologia do adenovírus vetor, assim como a vacina de Oxford, que já está em aplicação no Brasil.

Conforme descrito pela Janssen, os adenovírus são um tipo de vírus que causam o resfriado comum que, ao serem modificados para desenvolver a vacina, não se replicam e não causam resfriado.

Quando a pessoa recebe a vacina composta do adenovírus, o corpo inicia um processo de defesa e produz anticorpos contra aquele invasor, o que cria uma memória no corpo contra o coronavírus.

“Outra parte do processo envolve o código genético do próprio SARS-COV-2. Ele possui em sua superfície externa uma espécie de coroa, formada pelos chamados ‘spikes’, ou espigões, que são os responsáveis pela ligação do vírus às células do corpo humano. Para produzir a vacina da Janssen, um pedaço da proteína ‘S’, presente nesses espigões, é colocado dentro do adenovírus (que é o vetor, ou transportador)”, explicou a empresa por meio de nota.  Com informações do R7

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