Foto: Reprodução/Facebook @JairBolsonaro
O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Benjamin Zymler, deu 10 dias para a Secretaria de Saúde de Manaus responder se foi pressionada pelo Ministério da Saúde a tratar pacientes com Covid-19 com os remédios cloroquina, hidroxicloroquina e ivermectina, medicamento ineficazes para o tratamento da doença, conforme estudos realizados no Brasil e no exterior.
Desde o início da pandemia, o presidente Jair Bolsonaro insiste no tratamento com os medicamentos. O Ministério da Saúde adquiriu comprimidos de cloroquina e hidroxicloroquina e produziu um protocolo em que recomenda no SUS o uso dos remédios para tratar a Covid-19. https://www.bahianoticias.com.br
"Informe se houve algum tipo de pressão por parte dos membros da força-tarefa do Ministério da Saúde quando da visita feita no dia 11/1/2021, para que essa unidade de saúde difundisse a utilização de medicamentos como cloroquina, hidroxicloroquina e/ou ivermectina no tratamento precoce dos pacientes com Covid-19 nesse município", escreveu o ministro.
A visita foi feita quando a cidade já registrava uma disparada nos casos de Covid-19. Dias depois, o sistema de saúde de Manaus entrou em colapso.
Zymler tomou a decisão com base em pedido do Ministério Público de Contas. O MP de Contas também queria que o TCU determinasse que o Ministério da Saúde parasse de ordenar o uso dos medicamentos.
O ministro não acatou essa parte do pedido e argumentou que, no momento, não há comprovação de que a pasta esteja obrigando o uso dos medicamentos sem eficácia.
No fim de janeiro, Zymler escreveu em despacho que a cloroquina só poderia ser fornecida pelo SUS no tratamento à Covid-19 se houvesse autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ou de autoridades sanitárias estrangeiras, o que não ocorreu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário