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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Ex-detento se forma em Direito para ajudar “injustiçados” como ele

Erivelto na 1ª prisão e agora formado - Fotos: reprodução / Facebook
O poder da educação para transformar vidas! O ex-detento Erivelto Melchiades passou dois anos preso e usou aqueles dias de revolta e sofrimento para estudar e se formar em Direito. Ele estabeleceu uma meta: ajudar pessoas que passam pelo que ele passou e foram “injustiçadas” como ele.

Assim que se formou, Erivelto passou a atuar junto a movimentos sociais. Ele integra uma frente contra o encarceramento em massa e é diretor da Rede Jurídica pela Reforma da Política de Drogas.

Ele conta que já foi convidado para estar no CNJ – Conselho Nacional de Justiça – para participar de um projeto com egressos do sistema penal, mas o sonho é criar uma associação para amparar pessoas encarceradas, com cursos, palestras e outros suportes.

A história
Erivelto tinha 19 anos e era guardador de carro nas ruas do Rio de Janeiro quando foi preso pela primeira vez, por porte ilegal de arma.

“Foi o momento em que eu caí na cadeia sem saber o que era, de fato, o sistema prisional. A cela tinha capacidade para 17 pessoas e tinham 122 lá. Eu fiquei 21 dias desesperado, sem poder me locomover diante da lotação, além da comida péssima e condições insalubres”, disse ao BHAZ.

Na primeira audiência, ele recebeu liberdade provisória por estudar e ter bom comportamento. Foi então trabalhar como auxiliar de serviços gerais, em uma escola da comunidade, e retomou os estudos.

A injustiça
Mas em 2010, cinco anos depois da primeira prisão, ele recebeu um telefonema para que fosse prestar esclarecimentos em uma delegacia e acabou preso novamente.

“Me informaram que existia um processo contra mim. A primeira informação era de que eu era procurado. Depois mudaram a tipificação para tentativa de roubo, mas não existia materialidade”, conta.

“Uma pessoa cansada de assaltos na região de Ipanema fez a denúncia e teria ido à delegacia na mesma data em que ocorreu o porte ilegal de arma, em 2005. Eu não assaltei ninguém, mas disseram ter me reconhecido na delegacia. […] Mesmo com tantas dúvidas, eu apresentando atestado de trabalho, minha família, fui condenado”, disse. Leia tudo no https://www.sonoticiaboa.com.br

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