Covid-19: Criança de 9 anos foi responsável por desligamento de relógio de vacinação no ES

Foto: reprodução / TV Gazeta

Uma criança de 9 anos foi responsável pelo desligamento do relógio da sede de vacinação da cidade de Rio Bananal, no Espírito Santo. Segundo o portal G1, a interrupção da energia fez com que fossem perdidas todas as vacinas contra a Covid-19, outros imunizantes, exames de sangue e medicamentos. A conclusão das investigações foi divulgada nesta sexta-feira (19).

Inicialmente, a prefeitura suspeitava que o desligamento fosse um ato de vandalismo. Mas segundo o delegado Fabrício Lucindo, titular da Delegacia de Rio Bananal, as imagens de câmeras de segurança permitiram que a polícia desvendasse o caso. As gravações não foram divulgadas.

Ainda segundo o portal G1, a prefeitura descobriu a perda das vacinas na última quinta-feira (18), quando a sede de Rio Bananal foi reaberta após o feriado de Carnaval. A prefeitura afirma que 133 doses da CoronaVac ficaram armazenadas em temperatura inadequada e, por isso, não podem ser usadas até a qualidade passe por avaliação e seja aprovada.

As vacinas seriam aplicadas em profissionais de saúde na segunda etapa da vacinação contra a Covid-19. O município, que tem aproximadamente 19 mil habitantes, recebeu 479 doses de vacinas desde o dia 19 de janeiro.

"Pelo depoimento das pessoas que estiveram no local, conseguimos delimitar o horário em que o relógio foi desligado. A partir daí, pelo relógio das câmeras, percebemos que uma criança, de apenas nove anos, que estava brincando no local, acabou subindo em um banco de praça que fica em frente ao relógio. Curioso porque uma lâmpada vermelha piscava dentro do relógio o tempo todo, ele acabou desligando o relógio para tentar apagá-la. Desligando o relógio e apagando a lâmpada, ele voltou com as brincadeiras novamente. Ou seja, uma brincadeira de criança inocente que acabou gerando todo esse problema", detalhou o delegado.

O delegado também contou que a palavra "corona", escrita no relógio, reforçou as suspeitas de que o ato tivesse sido proposital. Mas na verdade foi escrita pela irmã do menino, duas semanas antes do desligamento.

A Polícia Civil informou que o inquérito vai ser concluído e encaminhado ao Ministério Público, com cópia para o Conselho Tutelar.