por Bruno Luiz / Ailma Teixeira
Foto: Elói Corrêa/ GOVBA
Após criar um grupo de trabalho para pensar soluções que minimizem os danos da saída da Ford da Bahia, o governador Rui Costa (PT) fez questão de frisar que a resposta não surgirá rapidamente. Ele está em busca de outras montadoras, especialmente da Ásia, que queiram aproveitar a estrutura deixada pela fabricante americana em Camaçari.
"Essa não será uma decisão, como eu disse ontem, de curtíssimo prazo. O mundo vive uma contração econômica forte por conta da Covid (...) e, no momento de contração econômica, as decisões de novos investimentos ficam mais cautelosas. Então, não há de se esperar e eu não quero transmitir essa falsa expectativa que, em poucos dias, nós teremos uma empresas anunciando a instalação aqui na Bahia", disse o governador, ao falar com a imprensa na manhã desta quarta-feira (13), na cerimônia de posse do novo comandante-geral da Polícia Militar, coronel Paulo Coutinho (saiba mais aqui).
O petista afirmou que, além de encaminhar documentos, na próxima terça (19) irá a Brasília para visitar pessoalmente as embaixadas de países, como Índia, China, Coréia do Sul e Japão. O objetivo da viagem é conversar com as equipes econômicas e pedir apoio para contactar empresas interessadas em conhecer o projeto. "As condições são muito positivas", avaliou o governador ao mencionar a estrutura da fábrica.
A Ford anunciou o encerramento de sua produção no Brasil nessa segunda (11), surpreendendo funcionários, governantes e entidades ligadas à indústria (saiba mais aqui). De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari, só na cidade a medida afeta 12 mil empregos diretos e cerca de 60 mil indiretos.
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