Foto: Reprodução / Metrópoles
O procurador da República do Amazonas, Igor da Silva Spindola afirmou nessa sexta-feira (15) que o Ministério da Saúde foi alertado há pelo menos quatro dias que faltaria oxigênio nos hospitais de Manaus (AM). À coluna Guilherme Amado, da revista Época, Spindola disse que “o estado não se preparou”.
“O estado não se preparou. E, como se não bastasse, a direção de logística do Ministério da Saúde só se reuniu quinta-feira (14) para tratar disso, após ser avisada há quatro dias”, disse o procurador, que atua na área de saúde no estado.
Spindola ainda citou a “falta de coordenação” do governo federal e tentou contabilizar as mortes por asfixia: “Acordei na última [quinta-feira] com uma ligação por volta de 7h do diretor do Hospital Universitário dizendo que só tinha duas horas de oxigênio. Por volta de 12h, a gente já tinha notícia dos óbitos por asfixia. Foi emocionalmente impactante”.
De acordo com o procurador, no pico da pandemia, em 2020, a demanda por oxigênio em Manaus era de 20 mil metros cúbicos. Agora, saltou para 70 mil. A empresa White Martins, que fornece oxigênio para os hospitais da capital, consegue produzir 28 mil metros cúbicos de oxigênio.
Segundo o Metrópoles, o Ministério da Saúde não comentou a publicação, mas falou sobre a ação do governo para “desafogar a rede assistencial pública e privada do Amazonas”, transferindo pacientes internados em leitos clínicos para oito capitais brasileiras, incluindo o Distrito Federal.
Na nota, o MS ainda afirmou que “aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) e de companhias aéreas estão sendo mobilizados para levar cilindros de oxigênio líquido e gasoso de diversas partes do país ao estado”.
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