por Jade Coelho**Foto: Jefferson Peixoto/Secom
Além da roupa de banho, canga, toalha e protetor solar, outro item vai fazer parte da rotina de verão dos brasileiros: a máscara. O mundo segue em uma pandemia, com milhões de infectados e mortos, a ciência ainda não descobriu um remédio específico que trate com eficácia a Covid-19, e para os brasileiros a vacina ainda não chegou. Diante disso o que resta é a prevenção.
Todo mundo está cansado de ouvir, mas o infectologista Igor Brandão reforça: a preocupação cresce no verão e o alerta e os cuidados não podem diminuir. “A doença ainda pede distanciamento, higiene das mãos e uso de máscara. E nenhuma dessas medidas deve ser trocada. Elas só servem de forma conjunta”, disse categoricamente.
Nesta época do ano as temperaturas se elevam, as pessoas suam mais, e isso pode oferecer um risco maior de contaminação. Isso porque máscaras úmidas perdem a eficácia e, consequentemente, expõem a população e aumentam os riscos de contágio.
Se antes a recomendação era para troca das máscaras a cada três horas, agora esse espaço de tempo pode ser menor. O EPI, principalmente os feitos de tecido ou com material TNT, precisam ser substituídos sempre que ficarem úmidos, alerta o médico.
A sugestão do infectologista é para que máscaras reservas sejam sempre levadas pelas pessoas ao saírem de casa.
Igor Brandão prega cautela em outros pontos. Ele lembra que esta época do ano é propensa a confraternizações. As reuniões não são recomendadas pelas entidades de saúde e médicos, mas têm ocorrido. “Nessa época de verão é comum a socialização. Quando socializam as pessoas tendem a usar música, e música alta, beber e comer. A junção de tudo isso favorece a transmissão de doenças, porque com a música alta se fala mais alto, e além disso bebendo e comendo você não usa máscara, então favorece a contaminação”, explicou.
Por fim o alerta é para a prática de esportes. Além de evitar as modalidades praticadas em grupo, o cuidado também deve ser tomado nos exercícios individuais, como caminhada, corrida e bicicleta. O médico explica que estudos recentes mostram que a distância segura entre duas pessoas para evitar contaminação pelo coronavírus é de dois metros se elas estiverem paradas, entre quatro e cinco metros se caminhando, 10 metros se correndo ou pedalando em ritmo moderado e 20 metros em ritmo intenso.
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