Foto: Divulgação
A farmacêutica russa R-Pharm revelou que os testes em humanos da combinação entre a vacina Sputnik V, da Rússia, e o imunizante da AstraZeneca/Oxford devem começar no início de fevereiro.
De acordo com a agência de notícias Reuters, a ideia é unir um componente de cada vacina para averiguar a resposta imunológica contra a Covid-19. O acordo para o teste foi assinado pelas desenvolvedoras em dezembro.
Vale lembrar que a vacina da AstraZeneca/Oxford, junto com a CoronaVac, da China, foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso emergencial no Brasil. A Sputnik V teve o pedido de análise rejeitado, por não ter estudo de fase três em desenvolvimento no Brasil, segundo a Agência.
A Bahia, uma das interessadas no produto, entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para que a importação do imunizante seja aprovada (lembre aqui).
As fases 1 e 2 serão realizadas de forma conjunta, com a participação de 100 voluntários. Eles receberão uma dose da AstraZeneca e, após 29 dias, uma da Sputnik V. Azerbaijão, Argentina, Emirados Árabes Unidos, Rússia e outros países abrigarão as pesquisas.
A possibilidade desses testes existe porque as duas vacinas usam um vetor viral. Ou seja, os pesquiadores usam um outro vírus, modificado, e introduzem uma parte do material genético do Sars-Cov-2 no organismo. A ideia é gerar resposta imunológica.
O tipo de vírus que leva o coronavírus para o corpo humano é um adenovírus. Na vacina de Oxford, eles são usados em duas doses iguais, enquanto na russa são diferentes. Cientistas afirmam que isso aumenta as chances de resposta do organismo e criação de anticorpos.
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