Sem o auxílio emergencial sendo concedido mensalmente, o governo precisa de um programa de substituição de renda.
Após tentativas fracassadas de implementar seu próprio projeto social, o presidente Jair Bolsonaro anunciou que reformulará o Bolsa Família, sendo, a partir de 2021, a única proposta para a redução da pobreza.
Novo Bolsa Família
Segundo o chefe de estado, o projeto implementado ainda no governo Lula, deverá passar por uma série de reformulações. A sua ideia, divulgada na imprensa, é que sejam criadas novas transferências de renda e o valor de base tenha um reajuste para R$ 200.
Bolsonaro afirmou ter o interesse de implementar programas de incentivo a atividades esportivas e científicas, além de amplificar o número de participantes na folha orçamentária do projeto.
Aplicação fantasma
Apesar de parecer positiva, todas as declarações do presidente ainda estão no vale de subjetividade. Até o momento o governo federal não anunciou como será o funcionamento do Bolsa Família, travando até mesmo o calendário anual tradicionalmente divulgado no mês de dezembro. Por enquanto, a população contemplada pelo projeto afirma viver em um clima de incertezas. Enquanto parte significativa tenta parecer otimista com a manutenção da pauta, afirmam ainda carregar consigo o sentimento de medo, pois nada foi efetivamente concretizado.
Para reduzir o impacto do Bolsa Família que ficaria responsável por toda a manutenção social do país, analistas e pesquisadores alegam que uma alternativa viável seria a divisão por grupos. Para quem não tem fonte de renda, o Bolsa Família é o principal seguro.
Porém, não se pode ignorar que há parte da população que mesmo com renda mínima ainda encontra dificuldades para administrar as finanças tendo em vista o momento de crise financeira no país. Marcos Mendes, pesquisador associado do Insper, é um dos autores do Programa de Responsabilidade Social, defende a divisão do projeto.
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