Foto: Jheniffer Núbia/G1
Com uma pena de 74 anos de prisão para cumprir, Ademilson Coelho dos Reis viu dentro das celas do presídio Ênio Pinheiro a oportunidade de mudar a própria sorte em Porto Velho.
Isso porque depois de migrar para o regime aberto e sofrer discriminação na busca por uma vaga de emprego, o reeducando decidiu abrir a própria empresa de confecção de camisetas.
Condenado por vários crimes, como homicídio privilegiado e latrocínio, Ademilson diz que decidiu trabalhar na fabricação de camisetas porque obteve experiência com corte e costura enquanto cumpria pena dentro do presídio.
Ao G1, ele lembra que começou a mexer com as máquinas de costura, aos 24 anos, ainda no Ênio Pinheiro. “Em 1999 tive meu primeiro contato com as máquinas de costura. Foi eu e meus companheiros que montamos as máquinas lá.
Na época não foi oferecido curso de capacitação, mas lá dentro alguns presos tinham experiência com costura. Eles nos ensinaram e no começo a gente fazia apenas os uniformes dos presos”, diz. Com aperfeiçoamentos profissionais através de cursos do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), os presos montaram uma fábrica dentro do presídio e os detentos passaram a fazer bolas, redes de gol e uniformes.
Foi só após três fugas que Ademilson diz ter percebido a oportunidade para mudar de vida. “Tentar adiantar minha saída do presídio [fugindo] foi um verdadeiro atraso, pois percebi o quanto meus anos de pena aumentavam. Foi aí que decidi que faria a coisa certa e aproveitaria a oportunidade de trabalhar lá dentro”, conta.
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