Segundo a Sesab, somente este ano 266 pessoas morreram vítimas da doença no estado, sendo 48 em Salvador.
Foto: Reprodução/EPTV
Mal-estar, acompanhado de febre e dor nos gânglios. Esses são alguns dos sintomas da doença de Chagas. Os sintomas podem mudar e nem sempre são perceptíveis, o que dificulta o diagnóstico da doença.
De acordo com a mais recente edição do Boletim Epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), a estimativa é de que exista no Brasil mais de um milhão de pessoas vivendo com essa infecção, que é provocada por um protozoário parasita de nome Trypanosoma cruzi e cuja transmissão ocorre pelas fezes do inseto triatoma, popularmente conhecido como barbeiro.
Segundo o levantamento mais recente da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), enviado à reportagem, somente este ano 266 pessoas morreram vítimas da doença, sendo 48 em Salvador. Em todo o ano de 2018, o número foi ainda maior: 581 mortes na Bahia, sendo 123 destas registradas em Salvador.
A transmissão oral da doença, conforme consta no boletim da SVS, ocorre de forma acidental. Geralmente, pela ingestão de alimentos contaminados pelo próprio vetor infectado macerado e ingerido juntamente com os alimentos. Os surtos da doença, que acomete principalmente adultos e jovens, quase sempre está ligado a esse tipo de transmissão.
“Atualmente, a forma de transmissão oral é a mais incidente, porém observa-se também a continuidade de registros de casos por transmissão vetorial nos últimos anos, sugerindo a ocupação do nicho deixado pelo Triatoma infestans, principal espécie vetora, por outras espécies de triatomíneos de importância epidemiológica. Ressalta-se que em 2006, a Organização Panamericana da Saúde concedeu ao Brasil a certificação de livre transmissão da doença pelo T. Infestans”, diz a pesquisa.
Tendo em vista que a contaminação dos alimentos é um dos principais fatores de transmissão oral, o boletim aponta a necessidade de ampliar as ações de vigilância em saúde, “incorporando o acesso à rede de atenção à saúde para diagnóstico e tratamento dos casos identificados na fase crônica, considerando que menos de 1% das pessoas estimadas na forma indeterminada são tratadas”.
Também são formas de transmissão a transfusão de sangue. No caso de gravidez, a mãe pode transmitir para o bebê. Também já foi identificado, no Brasil, caso de infecção transmitida por via oral a pessoas que tomaram caldo de cana. Mais informações sobre a doença, como formas de tratamento, constam no site do Ministério da Saúde.
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