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quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Defesa de Flávio Bolsonaro desiste de anulação do caso Queiroz no TJ do Rio

Fabrício Queiroz foi assessor de Flávio Bolsonaro durante seu trabalho na Alerj
ÚLTIMO SEGUNDO / IG
Desistência acontece após Gilmar Mendes determinar a suspensão de todas as investigações; recurso havia tido parecer favorável do Ministério Público

A defesa do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) apresentou, nesta terça-feira (1º), um pedido de desistência ao Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) do habeas corpus que solicitava a anulação das provas obtidas na investigação do caso Queiroz, sob o argumento de desrespeito ao foro privilegiado.

O recurso havia tido parecer favorável do Ministério Público do Rio (MP-RJ), que apontou ilegalidade na investigação conduzida na primeira instância do órgão. O habeas corpus, protocolado pela advogada Luciana Barbosa Pires, pedia a anulação das quebras de sigilo bancário e fiscal determinadas no caso Queiroz, sob o argumento de que Flávio Bolsonaro era deputado estadual à época dos fatos e, por isso, a investigação deveria tramitar na corte especial do TJ do Rio, e não na primeira instância.

Com isso, as provas colhidas até agora seriam anuladas e o caso, que corre na primeira instância do MP do Rio, mudaria de foro. O caso seria julgado nesta terça-feira pela 3ª Câmara do TJ-RJ, mas, com o pedido de desistência, não deve mais ser apreciado.

A desistência foi pedida depois que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes acolheu reclamação da defesa de Flávio Bolsonaro e, nesta segunda-feira, determinou a suspensão de todas as investigações e processos relacionados ao caso Queiroz. A defesa, então, decidiu desistir definitivamente do recurso.

Em reclamação apresentada ao Supremo no início de setembro, o senador, filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), afirmou que, mesmo diante de decisão do presidente do tribunal, Dias Toffoli, as investigações sobre ele prosseguiram.

Em julho, Toffoli determinou a suspensão de todos os processos e investigações nos quais houve compartilhamento sem autorização judicial de dados sigilosos detalhados de órgãos de inteligência, como o extinto Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) – hoje Unidade de Inteligência Financeira (UIF), a pedido da defesa de Flávio Bolsonaro .

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