Especialistas da Universidade do Intercâmbio e da Really Experience falam sobre o idioma no ENEM e para ser aceito nas melhores universidades do mundo
O ENEM está chegando e algumas pessoas que querem estudar no exterior não sabem que a nota do exame é aceita para ingresso em universidades como Oxford, uma das melhores do mundo. Mas, é preciso estar com o inglês na ponta da língua, inclusive para fazer o ENEM. Especialistas dão dicas e falam sobre o idioma, que ainda causa preocupação nos participantes e vestibulandos. Para Édney Quaresma, CEO da Really Experience, quem tem o inglês está um passo à frente do que os demais.
Países como Reino Unido, Canadá, Irlanda, Portugal e França aceitam a nota do ENEM para ingressar alunos em suas universidades, muitas delas estão listadas entre as melhores do mundo, como é o caso da Universidade de Oxford (Reino Unido) e Coimbra (Portugal). A Universidade do Intercâmbio, empresa especialista em mentorias para pessoas que desejam estudar e trabalhar no exterior, preparou informações sobre essas universidades e como ingressar nelas com o ENEM aqui do Brasil:
Portugal é o lugar mais fácil para estudar fora com o ENEM. São pelo menos 34 instituições no país que aceitam a nota da prova brasileira, incluindo as Universidades do Porto, Coimbra e Lisboa, com níveis mundiais de qualidade. Ao contrário do Brasil, as universidade públicas em Portugal não são gratuitas e não há nenhum tipo de auxílio financeiro para os estudantes. A nota do Enem serve única e exclusivamente como forma de admissão em substituição ao processo seletivo tradicional dessas instituições. No país, a escala classificatória utilizada pela maior parte das universidades vai de 0 a 200 pontos. No ENEM a escala é maior, de 0 a 1000. Ou seja, sua nota será dividida por 5.
Reino Unido: Antes da nota do ENEM, a terra da rainha exige uma espécie de treinamento de 1 ano antes do início do curso, chamado de Foundation Year. Além de aperfeiçoar o inglês, o estudante terá aulas de redação, metodologia de pesquisa, estudo dirigido, entre outras coisas. Para o Serviço Central de Admissão Universitária do Reino Unido (UCAS) o Certificado de Ensino Médio brasileiro e a nota do ENEM são considerados abaixo do padrão britânico para admissão direta em suas universidades, mas são aceitáveis para os programas de Fondation Year. Depois de concluído esse programa, cada universidade possui um processo de admissão próprio. No site de cada uma delas é possível encontrar essas informações, mas dá para ingressar em instituições como University of Oxford, Kingston University, Birkbeck University of London, University of Bristol e University of Glasgow.
Canadá: A Universidade de Toronto, maior do país, aceita o certificado de conclusão do Ensino Médio e o resultado do Enem como forma de admissão em diversos cursos. Mas, é necessário ter um certificado de proficiência no inglês. Sobre isso um especialista no idioma falará mais adiante.
França: Para se candidatar a uma vaga na França é necessário ter sido previamente admitido por uma universidade brasileira, reconhecida pelo MEC, na mesma área de estudo. É aí que entra a nota do ENEM. Se você for aprovado no Brasil, com a sua pontuação é possível conseguir uma vaga lá também, porém a proficiência em francês e um bom histórico no Ensino Médio são necessários.
Irlanda: Candidatos que já fizeram um ano de graduação em alguma universidade reconhecida do seu país, porém utilizar a nota do ENEM na University College Cork. É preciso ter obtido média mínima de 7 neste primeiro ano de graduação, podendo chegar a 9 dependendo do curso escolhido. A proficiência em inglês também pode ser exigida.
Matheus Tomoto, Fundador e Mentor da Universidade do Intercâmbio, que inclusive já ajudou a divulgar mais de R$ 14,6 milhões em bolsas de estudo no exterior e auxiliou mais de 2.500 pessoas que desejavam estudar fora, diz que “o ideal é pesquisar no site da sua instituição de interesse sobre como funciona o processo seletivo adotado por ela, além de uma boa consultoria para ajudar a realizar o sonho de estudar no exterior”.
Outro especialista nessa seara, o CEO da Really Experience, escola de inglês americana para brasileiros, Édney Quaresma, ressalta sobre a importância do idioma para estudar em algumas dessas universidades. “Algumas das universidades que aceitam a nota do ENEM exigem a proficiência em inglês, como é o caso do Canadá, que aliás registra o maior fluxo de brasileiros indo estudar lá. Além disso, boa parte das literaturas estão no idioma americano, como temas de administração, business e saúde. Para acessar essas informações e expandir o conhecimento na área, o inglês é fundamental”.
O idioma também é um dos conteúdos na avaliação do ENEM e já causa suador em alguns alunos. Antes de fundar as mais de 70 unidades da Really Experience pelo Brasil, ensinando inglês para brasileiro por meio de videoaulas ao vivo ou por on demand, com professores americanos, Édney empreendia em cursos pré-vestibular e conheceu de perto as dificuldades dos participantes do ENEM. Por isso ele dá essas dicas:
“Em um vestibular tradicional, geralmente aparece um grande texto e quatro ou cinco questões de interpretação de texto em inglês. No entanto, no ENEM são cinco questões de inglês, onde cada uma traz seu próprio texto, ou fragmento de texto. Mas, as perguntas e respostas estão em português”.
Textos em inglês e questões em português
“Minha primeira dica é: leia as questões em português, para quando for ler o texto em inglês você já saiba o que está procurando. Isso porque, muitas vezes, em uma interpretação de texto, algumas palavras que você desconhece vão dificultar a resolução da questão”.
Letras de músicas
Minha segunda dica é sobre uma letra de música, ou a estrofe de uma música que o ENEM pode trazer. É preciso ter muito cuidado, pois se o aluno conhece a música e já sabe qual é sua tradução literal, não significa que toda a questão está resolvida. Em muitos casos, a tradução é o menor dos problemas, pois será preciso entender seu contexto, a época em que foi escrita, a conjuntura social, política e a interpretação de sua mensagem”, conclui.
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