Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
Diante do revés na votação da reforma da Previdência, o ministro da Economia, Paulo Guedes, cancelou uma série de reuniões que teria nesta quarta-feira (2) com senadores. Isso ocorre porque o plenário do Senado aprovou o texto-base da reforma, mas aprovou também um destaque, que, segundo o governo, retirou R$ 76 bilhões da previsão de economia.
O destaque em questão excluiu um trecho aprovado pela Câmara sobre abono salarial. Com isso, permanece a lei vigente com o abono sendo pago uma vez ao ano para quem recebe até dois salários mínimos, o equivalente a R$ 1.996,00. Pelo texto aprovado pelos deputados, o pagamento ficaria restrito aos trabalhadores que ganham até R$ 1.364,43.
Segundo informações do blog de Andréia Sadi, no G1, Guedes tinha encontros marcados com parlamentares do PP, PSD e MDB, este último avaliado pela equipe econômica como um dos principais responsáveis pela derrota do governo no plenário. Já o partido nega que tenha patrocinado a derrota. O MDB, inclusive, é o partido do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (PE).
Oficialmente, o ministério diz que as reuniões foram canceladas porque o governo está fechando a reforma e nega represálias. Mas, de acordo com a publicação, a equipe econômica se sente frustrada e refaz cálculos para fechar as contas públicas. "Cada bilhão a menos na Previdência tem de tirar um bilhão do pacto federativo. Não tem mágica", disse um integrante do grupo.
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