Situação de vulnerabilidade econômica e social, localização geográfica e casos de violência estão diretamente associados aos índices de mulheres infectadas pelo HIV. Esses pontos dificultam o acesso à prevenção, à testagem rápida e ao tratamento pós-exposição (PEP), assim como a assistência médica de qualidade.
De acordo com o Unaids, programa das Nações Unidas para o HIV/Aids, cerca de 300 mil mulheres vivem com HIV no Brasil, o que equivale a 35% do total de pessoas infectadas pelo vírus no país. Entre as mulheres grávidas e portadoras do vírus, 85% recebem tratamento antirretroviral. A transmissão do vírus da mãe para os filhos caiu duas vezes nos últimos 20 anos.
No Brasil, a Aids Healthcare Foundation Brasil (AHF) apoiou, em 2018, a realização de 17.087 testes anti-HIV em mulheres, o equivalente a 30% de todos os exames feitos. Para mudar a realidade de vulnerabilidade e ampliar o acesso aos testes rápidos e ao tratamento, a AHF mobiliza entidades governamentais e outras organizações sociais nos 43 países onde atua.
O diretor da AHF Brasil, Beto Jesus, avalia que “embora a importância da prevenção do HIV/Aids seja bastante difundida, os casos ainda aumentam em todo o mundo, e as mulheres são as mais afetadas pela epidemia, principalmente nos países em desenvolvimento”.
“A AHF entende que o empoderamento deste público é uma importante ferramenta para garantir uma vida segura e livre, com todos os direitos civis e sexuais assegurados”, avalia Beto de Jesus, diretor da AHF no Brasil. “A quebra de tabus e preconceitos facilita o acesso a métodos preventivos e a tratamentos com qualidade, o que resulta em vidas salvas”, complementa.
Em todo o mundo, segundo o Unaids, há quase 19 milhões de mulheres e meninas vivendo com HIV. Todos os anos são registrados cerca de 870 mil novos casos. O desafio, reitera Beto de Jesus, “é que seja garantido a este público, por meio de lideranças políticas e comunitárias, condições iguais e irrestritas de acesso aos serviços de saúde”.
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