por Bruno Luiz / Ailma Teixeira
Apesar de salientar que não tem provas, o senador eleitor Jaques Wagner (PT) afirma que tem "certeza" de que as eleições para governador em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro sofreram um "tremendo bombardeio na sexta e sábado de fake [news]". Para o petista, isso ainda vai virar estudo mundial com o intuito de avaliar questões de guerra comercial.
"Eu acho que aquilo que aconteceu nos dois estados, não foi só decisão do eleitor de última hora. Aquilo foi uma coisa tramada, quer dizer, eu estou falando sem provas ainda, mas eu conversei com um especialista", afirma o político em entrevista à imprensa, na manhã desta sexta-feira (26). Neste ponto, ele fala especificamente do Rio e de Minas, segundo e terceiro maior colégios eleitorais do país.
No caso do primeiro estado, o candidato Wilson Witzel, do PSC, passou de 1% nas primeiras pesquisas de intenções de voto ao mais votado nas urnas. Agora ele disputa o segundo turno com Eduardo Paes, do DEM. Em Minas, a situação foi parecida, com o nome do partido Novo, Romeu Zema, superando Antônio Anastasia (PSDB).
"Tem gente já estudando e investigando isso aí. Não é razoável, por exemplo, no caso do Rio, ninguém nem sabia o número daquele cara. Então, eu não vou falar em fraude em urna, não vou ficar levantando suspeita porque eu acho que não tem. Agora, eu conversei com um especialista lá no Rio e ele não tem muita dúvida que esse é um planejamento", explica Wagner.
No âmbito da eleição presidencial, ele afirma que as fake news foram segmentadas. Enquanto grupos evangélicos, receberam informações sobre o chamado "kit gay", que nunca existiu, a comunidade acadêmica recebeu informações que colocavam a capa do livro de Haddad com outro conteúdo.
Apesar disso, Wagner aponta que esse movimento tem perdido força, vide as pesquisas já divulgadas no segundo turno. Em São Paulo, Márcio França (PSB) conseguiu empatar tecnicamente com João Doria (PSDB), e no Rio, Paes diminuiu a diferença de votos para Witzel. Em Minas Gerais, no entanto, Anastasia (PSDB) não teve êxito.
"Ele está pagando muito o preço da relação dele com Aécio. Ele tem uma bola de chumbo no pé dele, que é o cara que fez ele", analisa o político. Outro fator foi a ação do WhatsApp, que bloqueou 100 mil contas por uso irregular do aplicativo, na última semana (veja aqui).
Com o fim do primeiro turno, Wagner passou a ser um dos coordenadores da campanha de Fernando Haddad (PT) à Presidência da República.
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