por Célia Bretas Tahan | Estadão Conteúdo
Carlesse comemora vitória nas eleições suplementares | Foto: Divulgação
O presidente da Assembleia Legislativa e governador interino do Tocantins, Mauro Carlesse (PHS), venceu o segundo turno da eleição suplementar, com 75,14% dos votos válidos, o equivalente a 368.553 votos. O senador Vicentinho Alves (PR) obteve 24,86%, ficou com 105.048 votos. No primeiro turno, os dois primeiros candidatos somaram 302 mil votos e a abstenção superou 305 mil. No segundo turno, realizado neste domingo (24), a abstenção passou dos 311 mil; brancos e nulos. Na soma das abstenções, brancos e nulos, os votos desses grupos somou 51,83% do total de eleitores. Mais de 527 mil pessoas não optaram por nenhum dos candidatos. O índice é recorde na história das eleições no estado e ultrapassa o total de votos dos dois candidatos. O novo governador fica no cargo até 31 de dezembro deste ano, quando assumirá o mandatário a ser escolhido nas eleições de outubro. A eleição suplementar no Tocantins foi determinada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), depois que a corte cassou o mandato do governador Marcelo Miranda (MDB) e da vice Claudia Lelis (PV), por uso de caixa dois no pleito de 2014. De acordo com a minirreforma eleitoral de 2015, no impedimento de titular e vice do Executivo estadual ou municipal, até seis meses antes do término do mandato, é realizada nova eleição direta. Já por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), em 8 de março deste ano, cabe ao TSE determinar novas eleições, mesmo antes de esgotados todos os recursos. Anteriormente, o governador ou prefeito cassado podia permanecer no cargo, até o trânsito em julgado de todo o processo. No caso de Miranda, a cassação, com efeito imediato, ocorreu em 22 de março. Em 6 de abril, ele voltou ao governo, amparado por liminar do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Menos de duas semanas depois, em 19 de abril, teve de deixar o cargo novamente, quando o TSE rejeitou os embargos de declaração interpostos por sua defesa. Miranda recorreu outra vez ao STF e, em 16 de maio, Gilmar Mendes negou a liminar, mantendo a cassação. O ex-governador já havia sido cassado em 2009, por abuso de poder econômico e político na eleição de 2006. Em 2010, candidatou-se ao Senado. Eleito, não pôde tomar posse, por estar inelegível. Na época, assumiu o mandato de senador Vicentinho Alves (PR), que, agora, concorreu ao mandato tampão de governador do Tocantins.
Menos de duas semanas depois, em 19 de abril, teve de deixar o cargo novamente, quando o TSE rejeitou os embargos de declaração interpostos por sua defesa. Miranda recorreu outra vez ao STF e, em 16 de maio, Gilmar Mendes negou a liminar, mantendo a cassação. O ex-governador já havia sido cassado em 2009, por abuso de poder econômico e político na eleição de 2006. Em 2010, candidatou-se ao Senado. Eleito, não pôde tomar posse, por estar inelegível. Na época, assumiu o mandato de senador Vicentinho Alves (PR), que, agora, concorreu ao mandato tampão de governador do Tocantins.
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