Foto: Reprodução/ Instagram
A repórter Laura Zago, da CBFTV, se tornou mais uma vítima do assédio na Copa do Mundo da Rússia. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou, neste sábado (30), um texto da jornalista e o vídeo do episódio nas redes sociais. O fato aconteceu na última quarta-feira (27), antes da partida da Seleção Brasileira contra a Sérvia, em Moscou, pela terceira rodada da primeira fase do Mundial. Durante uma entrevista com uma torcedora, um homem se aproximou e tentou beijar a repórter. "Eu não fui a primeira e, infelizmente, não serei a última a passar por esse tipo de constrangimento. Não é que aqui na Copa do Mundo isso esteja acontecendo, acontece sempre. Aconteceu comigo 3 vezes nesta Copa, mas já aconteceu com colegas de profissão no Brasil. Um foi brasileiro, esse do vídeo sérvio e o outro russo. Só sei que consegui desviar em todas as situações. O que algumas pessoas precisam entender que isso não é engraçadinho, não é piada e não é uma brincadeira no momento de êxtase do jogo. É um desrespeito, eu estudei, me preparei, cheguei aqui na Rússia e não é para ficar sendo desrespeitada durante o meu trabalho. Isso não tem graça. E achar isso normal é corroborar com uma ideia machista que mulheres estarão sempre à mercê desse tipo de atitude. Gritar o nome do time, fazer festa durante o nosso trabalho faz parte do evento, é normal, natural e aceitável, o futebol tem esse momento de alegria e êxtase. E que bom! Mas há uma distância bem grande entre você fazer uma festa e ser assediada. Não é isso que vai me parar de correr atrás dos meus sonhos, mas precisamos falar sobre assédio", escreveu Laura. Nesta Copa do Mundo, a repórter Júlia Guimarães, da TV Globo, também foi vítima de assédio, no último domingo (24), antes do jogo entre Japão e Senegal, em Ecaterimburgo. Um outro torcedor também tentou beijá-la. BN
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