Dados divulgados pelo Ministério da Fazenda nesta segunda-feira (26) apontam que o custo médio da dívida pública federal atingiu o menor patamar desde abril de 2010. O custo médio acumulado nos últimos 12 meses, número que inclui o endividamento interno e externo do país, passou de 10,06% ao ano, em janeiro, para 10,01% ao ano, em fevereiro. De acordo com a Agência Brasil, o custo médio mede a rapidez com a qual a dívida pública federal vai crescer, caso seja o cenário econômico atual se mantenha. "Quando o custo é menor, a dívida cresce, mas não tão rapidamente quanto em um cenário com juros maiores. O custo médio mais baixo significa que a dívida vai crescer, mas não tão aceleradamente", explicou o coordenador-geral de Planejamento Estratégico da Dívida Pública, Luiz Fernando Alves. Em fevereiro, a dívida chegou a a R$ 3,582 trilhões, um aumento de 1,53% em relação a janeiro. A redução, segundo Alves, é referente à queda da taxa básica de juros (Selic), instrumento usado pelo Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). No início de 2018, a Selic estava em 7% ao ano. Em janeiro, foi reduzida a 6,75% e recentemente, foi a 6,5% ao ano. Além da Selic, a inflação também tem impacto no custo da dívida. Apesar da redução, a projeção ainda é de crescimento da dívida. Para este ano, a meta é que as contas do governo fechem no negativo, com déficit primário de R$ 159 bilhões. BN
Nenhum comentário:
Postar um comentário