Foto: Luiz Silveira / Agência CNJ
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, disse nesta sexta-feira (23) que o julgamento do habeas corpus preventivo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva precisou ser interrompido por conta da exaustão dos ministros. Na sessão desta quinta (22), eles decidiram adiar para o dia 4 de abril a decisão sobre o pedido da defesa de Lula. “Não há nem o caso de satisfação, era uma circunstância que se impõe diante de um horário e das condições dos juízes para que, se houvesse uma continuidade e se alongassem demasiadamente, isso sobrecarregaria provavelmente com consequências até pela capacidade física, e teria que ter continuidade na próxima sessão para que o julgamento seja justo, sereno, tranquilo, como tem que ser”, afirmou a presidente do STF em entrevista à rádio Jovem Pan. Ela lembrou que o habeas corpus de Lula foi o segundo tema na pauta da Corte nesta quinta e que os ministros demoraram de retornar ao plenário após o intervalo na sessão. Cármen também negou que exista prioridade para esse julgamento e disse estar tranquila diante da pressão para pautar o caso. “Todo mundo tem o direito de apresentar o seu pleito. Não significa que ele vai poder ser atendido nem que será atendido, até porque às vezes não tem base legal. Agora, o direito de ser ouvido todo mundo tem. O Judiciário tem que ouvir. Eu não me sinto pressionada nesse sentido de alguém imaginar que isso passe além do que é a expressão do outro, que eu tenho que escutar”, disse a presidente do STF. BN
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