Foto: Agência Brasil
O juiz Marcelo Bretas criticou, de forma indireta, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na manhã desta terça-feira (20). A postagem foi realizada após o ministro anular as audiências da Operação Ponto Final e determinar que sejam refeitas. Bretas é o responsável por conduzir o braço da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro. A operação investiga o pagamento de propina a políticos parte de empresários de ônibus do Rio de Janeiro. No Twitter, o juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, publicou uma imagem com a seguinte frase, de Jaime Pinsky: "em uma sociedade democrática o juiz não deve privilegiar amigos, parentes ou pessoas pelas quais sente afinidade". A decisão de Gilmar Mendes atende a um pedido da defesa de um dos investigados, o empresário Jacob Barata Filho. O ministro do STF foi padrinho de casamento da filha de Jacob, Beatriz Barata. Bretas, que acatou a decisão, fez críticas ao ato em um despacho, dizendo que "(...) o Ministro Relator, embora não tenha declarado formalmente a nulidade dos atos ora praticados, anulou, monocraticamente e na prática, toda a instrução processual já realizada, ao determinar a repetição de tais atos". No ano passado, o ministro já havia concedido três habeas corpus para Jacob Barata Filho, sendo dois deles em um período de 48 horas. Ainda no Twitter na manhã desta terça, Bretas disse que “a referência a pessoas ou casos específicos é de terceiros”. “De minha parte, como é de se esperar, apenas me pronuncio sobre ideias, teses”, disse. BN
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