O Banco Santander, controlado pela empresária espanhola Ana Botin, cobra em empréstimos, até 20 vezes mais de seus clientes brasileiros, quando comparado aos da clientela espanhola. E, por esse motivo, o Brasil foi o país que mais contribuiu para o lucro mundial do banco espanhol em 2017: foram R$ 10 bilhões, ou cerca de 2,5 bilhões de Euros, que representaram 26% dos ganhos do Santander em de seu lucro global do ano passado. Enquanto o Brasil vive a sua mais profunda recessão econômica, o oligopólio bancário que atua no Brasil (quatro famílias controlam 60% do mercado) proporcionou ao Santander um crescimento de 42% em 2017, não só por operações de crédito, mas, também, pelos ganhos em taxas e serviços que atingiram o inacreditável valor de R$ 3,8 bilhões. Taxas que o cliente, muitas vezes, é obrigado a pagar, sem autorização. Debita-se na conta corrente e depois não tem a quem reclamar. As maiores reclamações no Procon são contra operadoras telefônicas e os bancos. E para desgosto do cliente, nem sempre adianta mudar de banco: como praticamente não existe concorrência, as tarifas são quase iguais entre os quatro maiores bancos do oligopólio. Economistas de tendência conservadora, atribuem as escorchantes taxas de juros cobradas pelos bancos, seja para empresas ou pessoas físicas no Brasil, ao alto endividamento do Estado brasileiro. Esta tese não se comprova. O Estado espanhol deve mais que o brasileiro e, nem por isso, empresas e cidadãos espanhóis pagam as taxas que o Santander cobra dos clientes brasileiros. (JB)
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