Por Robson Pires
Todo mundo sabe, em Brasília, que esta última tentativa de aprovar uma reforma da Previdência é mais uma conversa para o mercado dormir. Soterrado na impopularidade e vendo sua base parlamentar definhar depois de duas pesadas votações para enterrar as denúncias contra o presidente Michel Temer, o Planalto não podia perder o discurso da reforma – sob pena de o PIB começar a se perguntar a razão pela qual ainda apóia esse governo.
O mercado acreditou na conversa de que, agora, seria possível votar a reforma. Ou pelo menos fingiu acreditar. A mídia, favorável à reforma, entrou na alucinação coletiva dos governistas – até porque não quer ser responsabilizada por qualquer fracasso. Mas todo mundo sabe que não há, e nem haverá, 308 votos de deputados favoráveis a uma reforma da Previdência.
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