por Fernando Duarte
Foto: Montagem BN
Dona Marluce Quadros Vieira Lima. O nome não é desconhecido do meio político baiano. Matriarca da família Vieira Lima, o nome dela já aparecia, nas conversas de bastidores, como uma das próximas a aparecer nos inquéritos da Polícia Federal. Com o apartamento alvo de busca e apreensão no mesmo dia em que o filho Geddel foi preso pela segunda vez, era certo que Marluce seria citada pela PF. As expectativas se confirmaram nesta terça-feira (28). O relatório da PF sobre o bunker com R$ 51 milhões, a maior apreensão em dinheiro vivo da história corporação, sugere que a matriarca tinha papel importante no esquema de lavagem de dinheiro e associação criminosa. Era num closet no apartamento dela que parte do dinheiro vivo era armazenado e contabilizado. Coube ao ex-assessor para assuntos diversos da família, Job Brandão, detalhar como funcionava a lógica da “grande família” baiana. Dona Marluce recebia parte dos salários devolvidos de Job e armazenava no closet. Veio dela, em conjunto com Geddel e Lúcio, a ordem para que documentos que poderiam comprometer a família fossem destruídos durante o período em que o ministro ficou em prisão domiciliar – entre julho, quando foi preso pela primeira vez, e setembro, quando as imagens das malas de dinheiro chocaram o país. Próxima dos 80 anos, a matriarca bradou, logo após a segunda prisão que o filho, Geddel, “não era bandido”. Não foi isso que concluiu o inquérito da PF. E, segundo a própria corporação, a associação criminosa não ficou restrita ao ex-ministro. Dona Marluce, Geddel e Lúcio estão juntos, como uma grande família. Que inclui Job Brandão e Gustavo Ferraz como primos distantes. BN
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