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quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Qual é o potencial de destruição da bomba que foi testada? Veja

Jung Yeon-je/AFP
Sul-coreano passa por televisão informando sobre o teste nuclear realizado pela Coreia do Norte, em estação de trem em Seul (Coreia do Sul)

A Coreia do Norte afirmou que fez um teste bem-sucedido com uma miniatura de bomba de hidrogênio, mais conhecida como bomba H.

Se confirmado, o anúncio significa que o país agora tem uma arma que, segundo o cientista Matthias Grosse Perdekamp, que dá aulas sobre o controle de armamentos nucleares da Universidade de Illinois, nos EUA, é a mais poderosa do planeta.

O governo anunciou o teste na TV estatal norte-coreana. Ele veio depois de o Serviço Geológico dos Estados Unidos ter detectado uma atividade sísmica fora do comum no nordeste da Coreia do Norte.

O tremor, de magnitude 5,1, foi detectado às 10h00 locais (23h30 de terça-feira em Brasília) a cerca de 50 km da cidade de Kilju, perto da área de testes nucleares de Punggye-ri.

Segundo especialistas, o tremor não teria sido provocado por causas naturais.

Este seria o quarto teste nuclear do país desde 2006 - mas o primeiro com a bomba de hidrogênio, mais poderosa que a bomba atômica.

Quando o país anunciou que possuía a tecnologia, muitos especialistas duvidaram da capacidade do país para tal.

A confirmação do teste por fontes independentes pode levar duas ou até mais semanas.
Potencial

Até hoje, nenhuma explosão superou a potência da "Bomba-Czar", uma bomba de hidrogênio de 50 megatons (o equivalente a 50 milhões de toneladas de dinamite) detonada durante um teste do governo soviético em outubro de 1961.

Essa bomba, por sinal, era 3.000 vezes mais poderosa que a lançada sobre Hiroshima em agosto de 1945, a primeira vez que uma arma nuclear foi usada em situação de conflito.

A "Little Boy" "(Pequeno Garoto", em tradução literal), como foi batizada a bomba que devastou a cidade japonesa, teve sua energia destrutiva gerada pela fissão de átomos de urânio ou plutônio.

As bombas de hidrogênio, porém, funcionam seguindo um processo de fusão nuclear, oposto ao da bomba de fissão: em vez de partir ou quebrar, diversos átomos - nesse caso, os de isótopos do hidrogênio deutério e trítio - se juntam formando núcleos maiores antes de explodir.

"A potência que pode ser alcançada com a fusão nuclear basicamente não tem limites", diz Perdekamp à BBC Mundo, serviço em espanhol da BBC. Leia mais em: http://zip.net/bmsFqW

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